sexta-feira, 10 de junho de 2011

quarta-feira, 8 de junho de 2011

nu (*)


Jay Khan, Nackt





(* Não, o título não é uma sigla, acrónimo, whatever... É a tradução de "Nackt". E "nu" não leva acento!)

domingo, 5 de junho de 2011

o jantar










Beirut, Scenic World


Sobre o jantar de ontem, o Pinguim já disse tudo. Aqui por casa, nós reiteramos tudo! E mais agradecemos a todos os presentes, aos que conhecíamos e, sobretudo, a quem conhecemos ontem. E mais ainda aos que vieram de Braga, Porto, Coimbra e Portalegre. A tod@s, muito obrigado!


[Reconhecem a música, certo!? E sapatos!?
Obrigado aos modelos!]




À volta da fogueiraAbraço-teBeijinhos EmbrulhadosComyxtura criativa ● F3lix Photography ● Felizes Juntos ● Gritos, gostos e gafanhotos ● How the enGine throbs… ● Meaningless O blog das informações absolutamente inúteisophi_3 PsimentoSecret gardenSinfonia do horizonteSoul not for saleTong ZhiUm voo cego a nada Whatever Whynotnow





Beirut, Scenic World (outra versão)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

...

POEMA DE AGRADECIMENTO À CORJA


Obrigado, excelências.
Obrigado por nos destruírem o sonho e a oportunidade de vivermos felizes e em paz.
Obrigado pelo exemplo que se esforçam em nos dar de como é possível viver sem vergonha, sem respeito e sem dignidade.
Obrigado por nos roubarem. Por não nos perguntarem nada.
Por não nos darem explicações.
Obrigado por se orgulharem de nos tirar as coisas por que lutámos e às quais temos direito.
Obrigado por nos tirarem até o sono. E a tranquilidade. E a alegria.
Obrigado pelo cinzentismo, pela depressão, pelo desespero.
Obrigado pela vossa mediocridade.
E obrigado por aquilo que podem e não querem fazer.
Obrigado por tudo o que não sabem e fingem saber.
Obrigado por transformarem o nosso coração numa sala de espera.
Obrigado por fazerem de cada um dos nossos dias
um dia menos interessante que o anterior.
Obrigado por nos exigirem mais do que podemos dar.
Obrigado por nos darem em troca quase nada.
Obrigado por não disfarçarem a cobiça, a corrupção, a indignidade.
Pelo chocante imerecimento da vossa comodidade
e da vossa felicidade adquirida a qualquer preço.
E pelo vosso vergonhoso descaramento.
Obrigado por nos ensinarem tudo o que nunca deveremos querer, o que nunca deveremos fazer, o que nunca deveremos aceitar.
Obrigado por serem o que são.
Obrigado por serem como são.
Para que não sejamos também assim.
E para que possamos reconhecer facilmente
quem temos de rejeitar.

Joaquim Pessoa

---------------------------------------------------


Joaquim Pessoa nasceu no Barreiro em 1948. Iniciou a sua carreira no Suplemento Literário Juvenil do Diário de Lisboa.
O seu primeiro livro foi editado em 1975 e, até hoje, publicou mais de vinte obras incluindo duas antologias. Foram lhe atribuídos os prémios literários da Associação Portuguesa de Escritores e da Secretaria de Estado da Cultura (Prémio de Poesia de 1981), o Prémio de Literatura António Nobre e o Prémio Cidade de Almada.
Poeta, publicitário e pintor, é uma das vozes mais destacadas da poesia portuguesa do pós 25 de Abril, sendo considerado um "renovador" nesta área. O amor e a denúncia social são uma constante nas suas obras, e segundo David Mourão-Ferreira, é um dos poetas progressistas de hoje mais naturalmente de capazes de comunicar com um vasto público.
Bibliografia:
O Pássaro no Espelho, A Morte Absoluta, Poemas de Perfil, Amor Combate, Canções de Ex cravo e Malviver, Português Suave, Os Olhos de Isa, Os Dias da Serpente, O Livro da Noite, O Amor Infinito, Fly, Sonetos Perversos, Os Herdeiros do Vento, Caderno de Exorcismos, Peixe Náufrago, Mas., Por Outras Palavras, À Mesa do Amor, Vou me Embora de Mim.