quarta-feira, 30 de março de 2011

convite


Acid Girls, Lightworks






Como já vem sendo hábito, e pelo 5º ano consecutivo, o nosso Pinguim organiza o jantar. Todas as informações para já necessárias estão disponíveis lá no seu whynotnow. Entretanto, não se esqueçam de pensarem seriamente no assunto e de irem reservando o dia 21 de Maio para o convívio no Guilho.
Senhoras e senhores, meninas e meninos, malta blogueira ou nem por isso, o convite é para todos os que nos vão visitando e extensível às caras-metades, aos amigos e amigas. A quem já conhecemos e a quem gostaríamos de conhecer. Àqueles com quem já temos laços virtuais e menos virtuais de amizade. Aos novos. Aos tímidos (só para que saibam: não
comemos ninguém nas edições anteriores). Ah, e também aos que se foram desprendendo dos blogues e se dedicaram mais ao facebook e quejandos. O único requisito mantém-se: virem por bem!
Para já é só para saberem, contarem com o jantar e reservarem na vossa agenda. Lá mais para a frente divulgaremos o convite que eu hei-de fazer (assim que tenha tempo) e anotaremos as vossas presenças, ok?!
Queremos contar com todos vós!












[convites que fiz para as edições anteriores -
aquando do primeiro jantar, ainda não conhecíamos o Pinguim]




segunda-feira, 28 de março de 2011

Esta e grassas az novax opertnidadex

O piquenique

A Ministra da Educação foi convidada para participar num piquenique em sua honra, oferecido pelos alunos que passaram o 9º ano. Quando chegou ao local, estranhou ver um monte enorme de sacos cheios de um pó branco. Dirigiu-se ao rapaz que estava a preparar o churrasco e perguntou:
- O que é que está dentro daqueles sacos?
- É cal, senhora ministra.
- Cal? Mas para quê?
- Eu também não percebi, senhora ministra mas as ordens que recebi foi de comprar 102 sacos de cal!
Intrigada, a Ministra dirigiu-se ao responsável pelo piquenique (um antigo aluno seu que conseguiu evoluir tirando uma especilização no Programa das Novas Oportunidades) e perguntou-lhe o que é que pretendia fazer com tanta cal. Esse seu antigo aluno, espantadíssimo, comentou que não tinha encomendado cal nenhuma. Foram os dois ter com o rapaz que fizera as compras para esclarecerem o assunto.
- Olha lá, quem é que te mandou comprar estes sacos de cal?
- Foste tu, pá! Agora não te lembras? Ainda tenho aqui o papel que escreveste.
E exibiu a lista enorme de compras que lhe tinha sido dada. O antigo aluno mirou, tornou a mirar e disse:
- Eh pá... mas tu és mesmo burro! Não vês que me esqueci de pôr a cedilha? O que eu queria dizer era Çal! E não era 102 sacos mas sim 1 ó 2!

domingo, 27 de março de 2011

só duas coisas

1#
Não sei se já sabiam, mas vejam lá quem é que está de regresso e agora está aqui!









2#
Escutem este mix que descobri no It's been lovely. Combinação mais que perfeita! Lady Gaga + Madonna + David Guetta


mix de Robin Skouteris, Born To Express Love

terça-feira, 22 de março de 2011

'ao teu encontro'

Trentemøller, 'Miss You'



ao teu encontro



há mais oiro nas palavras
quando me beijas, colibri.

há mais encruzilhadas,
mais histórias pegadas
que segredos revelados, colibri.

nesse instante relâmpago,
há mais vidas a multiplicarem-se, colibri,
há mais sentidos em fuga
e músculos em contracção
porque todo o meu corpo
se multiplica em movimentos
imperceptíveis de luz e trevas
até à revelação inexprimível
de todo o meu gozo,
de todo o meu sentido existencial:
- existo para que me firas, colibri,
no âmago, na essência, no fogo
de silêncio e sangue vibrante.

e, agora, a uma esquina de ti, colibri,
humedeço os lábios e desapareço.



paulo | iv.iv.mmiii



segunda-feira, 21 de março de 2011

dia da poesia

A Naifa, 'Música' (poema de José Luís Peixoto)


«Música«
«como um raio a rasgar a vida, como uma flor
a florir desmedida, como uma cidade secreta
a levantar-se do chão, como água, como pão,

como um instante único da vida, como uma flor
a florir desmedida, como uma pétala dessa flor
a levantar-se do chão, como água, como pão,

assim nasceste no meu olhar, assim te vi,
flor a florir desmedida, instante único
a levantar-se do chão, a rasgar a vida,

assim nasceste no meu olhar, assim te amei,
vida, água, pão, raio a rasgar uma cidade secreta
a levantar-se do chão, flor a florir desmedida.«


José Luís Peixoto [1974-], in A Casa, A Escuridão. Lisboa: Temas e Debates

sexta-feira, 18 de março de 2011

trompe-l'oeil

À técnica artística usada para criar ilusões de ótica chama-se trompe-l'oeil (tradução literal do francês: engana o olho). Tal ilusão é conseguida em pintura e arquitetura através de truques de perspetiva.


quinta-feira, 17 de março de 2011

Japão 日本



Tantos infortúnios juntos cheiram a apocalipse. Ou escatologia. Como há quase uma semana, ainda continuo a chorar ao ver algumas imagens de destruição maciça. Tenho pavor a desastres naturais. Somos demasiado frágeis! Em espécie de homenagem a gente tão, aparentemente, civilizada, e como a desgraça não atrai nada de positivo, aqui fica um vídeo com factos curiosos.

domingo, 13 de março de 2011

que parvo que eu sou...

... para dizer a verdade, não éramos assim tão poucos. Não foi só paisagem e desordem. Nada disso.
Começámos a tarde aqui:





.. e acabámo-la aqui:


sábado, 12 de março de 2011

(à) rasca

Em 1994 e nos anos seguintes, tive vergonha de ser associado à geração rasca, aquela em que cresci. A atitude daquele tipo que mostrou o rabo (e apesar de ter sido logo o rabo...) e levou à classificação por Vicente Jorge Silva quando era diretor do Público não me orgulhou por aí além (foi ele quem cunhou a expressão «geração rasca»).
Alguns anos depois, mais me envergonha (ou entristece?) continuar como continuo: na «geração à rasca», porque sou contratado há doze anos, porque tenho de ter mais do que um trabalho (já agora: um deles é a recibos verdes, numa empresa que paga a três meses - quando paga...), porque simplesmente não tenho carreira. E fiz eu uma licenciatura de seis anos para isto? Não, não foram quatro! Nem muito menos três! Foram seis... Eu mereço! Pior: sem qualquer perspetiva de que a situação se altere.
Protesto, pois, contra a deseducação deste desgoverno, contra o andar constantemente à rasca, e por estar a pagar o despesismo daqueles em quem eu não votei. De resto, continuo de esquerda, apartidário e sem sindicato.





domingo, 6 de março de 2011

"saltei um bocadinho"

Um voluntarioso rapaz alista-se na tropa e, passado o tempo da recruta, inscreve-se nos paraquedistas.
Após as primeiras lições sobre como saltar, feitas no solo, eis que o valente soldado embarca pela primeira vez num avião juntamente com uma dezena de colegas para o primeiro salto da sua vida.
No dia seguinte, telefonou para casa dos pais e o telefonema foi mais ou menos assim:
- Então, querido filho, saltaste? - perguntava o pai.
- Espere, vou contar como foi: quando chegámos à altura escolhida, abriu-se a porta e o sargento chamou-nos para o salto. Mais ou menos assustados, com uma pequena 'ajuda' do sargento, os meus colegas lá foram saltando todos até chegar a minha vez.
- E tu saltaste?
- Espere. Já lá chegamos. Disse ao sargento que não saltava porque tinha medo. Ele disse que eu saltava nem que tivesse que me dar um pontapé!
- E tu saltaste?
- Já lá vamos... Eu agarrei-me a tudo o que pude e o sargento chamou o copiloto, um tipo com 1.90, 120 kg de peso, e eu ainda me agarrei com mais força.
- E tu saltaste? - pergunta novamente o pai já impaciente...
- Estava amarelo de medo; então, o copiloto abriu o fecho do fato, mostrou-me uma pila de 30 cm que mais parecia um extintor e disse-me que ou eu saltava ou ma enfiava aquilo pelo cu acima!
- Então tu saltaste... claro!!!
- Bom… ao princípio saltei um bocadinho...

sexta-feira, 4 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

«acredita em mim: é só um rumor.
não sei escrever o vento, nem como se nasce outra vez.

nunca soube como se tece no piano a face vazia do tempo.

por favor, não perguntes:
pois eu não sei como germina um poema,
nem quantos dias cabem no teu rosto.

E como se conjuga a cidade e o adeus?

Perguntas, mas eu não sei o que é a morte.»
Ricardo Gil Soeiro, in Espera vigilante



quarta-feira, 2 de março de 2011

corretor ortográfico

Esta entrada serve para se atualizarem:

«A Microsoft disponibilizou uma atualização para os corretores de escrita das duas últimas versões do Office (2007 e 2010), de forma a que estes funcionem segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa


«As novas ferramentas podem ser descarregada de forma gratuita no site da gigante norte-americana - aceda aqui - e resultam de um trabalho desenvolvido por linguistas nacionais do Instituto de Linguística Teórica e Computacional e do Centro de Investigação e Desenvolvimento da Microsoft em Portugal.

«O suporte da versão oficial no novo Acordo Ortográfico será incluído também nas ofertas de outros produtos da empresa e ainda nas ofertas puramente online (em modelo cloud), tanto nas já existentes como nas que se prepara para disponibilizar de futuro.»



Notícia colhida no Observatório da Língua Portuguesa

terça-feira, 1 de março de 2011

para quê mais palavras?

querem iludir-nos
e nós anuímos
ámen

esta caligem que nos mata
dia-a-dia
até exangues
não nos sobrar mais que
ódio e recalcamento
ámen

que bonitos somos
tão obedientes
ámen

e se recusares
queimam-te em mui reformado auto-de-fé
ainda em praça pública
para que sirva de exemplo
ámen

venha o prémio
da suma aquiescência
ámen



paulo.xxii.iv.mmiv