sexta-feira, 4 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
PIXEL
Diz o Sad eyes que é um concurso de ideias. Acho bem, o cartaz pelo menos é excelente e a energia é muito positiva. 'Bora pôr o cérebro (quem ainda não o perdeu) a funcionar.
O regulamento do fantástico PIXEL está aqui »»
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[E, pronto, vim cá só para dizer isto. Também não me esqueci da password - mas pouco faltou. E que a vida é um nó!]
domingo, 18 de setembro de 2011
Spencer Tunick /atualização/
Entretanto, como devem ter notado, já aconteceu: Spencer Tunick conseguiu reunir mais de mil pessoas nuas no Mar Morto, como podem ver abaixo (mais fotos de Spencer Tunick).
terça-feira, 13 de setembro de 2011
domingo, 11 de setembro de 2011
sem título
para ir ouvindo e vendo com calma, música e fotos para este dia [25 fotos da Magnum]
Kronos Quartet, WTC 9/11
Live, Overcome
Leonard Cohen, On That Day
Kronos Quartet, Awakening
Tori Amos, I Can't See New York
Ryan Adams, My Blue Manhattan Rescue Me
Bruce Springsteen, My city of ruins
Pearl Jam, I Am Mine
Kronos Quartet, WTC 9/11
Live, Overcome
Leonard Cohen, On That Day
Kronos Quartet, Awakening
Tori Amos, I Can't See New York
Ryan Adams, My Blue Manhattan Rescue Me
Bruce Springsteen, My city of ruins
Pearl Jam, I Am Mine
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
nós por cá
Alguém me explica como é que isto é possível?
Atenção: a notícia foi atualizada, aliás, muito.
Atenção: a notícia foi atualizada, aliás, muito.
Pai entrega filho em esquadra por ser gay
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
fotos
Hoje, partilho mais fotos, mais uma pequena parte das que partilhei por aí e que ambos tirámos em julho na Beira Alta e Nordeste Transmontano
terça-feira, 6 de setembro de 2011
que céu lindo
Reparem bem na cor do céu. Centradinho e tudo...
Sabem onde é, sabem?
(clicar nas fotografias para VER melhor)
Sabem onde é, sabem?
(clicar nas fotografias para VER melhor)
(apanhado numa das últimas viagens que fizemos)
domingo, 4 de setembro de 2011
'UM DIA' * brilhante!
O texto seguinte, da autoria do X, está brilhante! Têm de o ler, mas aqui só têm parte, cliquem sobre a imagem para ler tudo.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
'por este mundo acima'
Segue-se uma breve entrevista de que gosto muito - ainda que goste de quase todas do Carlos Vaz Marques (nem só o entrevistado é que é importante). Neste caso, gosto particularmente do humor da Patrícia Reis. E do seu magnetismo. O mais importante são as pessoas, ou como ela diz, "a amizade é essencial e, provavelmente, a melhor forma de amor que existe." Também gosto das imagens que usa para falar da Terra; tudo a propósito do romance Por este mundo acima.
domingo, 28 de agosto de 2011
'e por vezes'
«E por vezes»... nem de propósito, hoje tropecei neste poema - que já aqui tinha posto, aliás. é um dos poemas de que mais gosto de David Mourão-Ferreira e em língua portuguesa. no vídeo abaixo, gosto da leitura calma, pausada.
{Teresa Coutinho}
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
regresso / baseado numa estória real
W&W, 'Based on a true story'
{a música pode parecer estranha. mas não estranhem, às vezes também me apetece esvaziar a alma e fingir que sou só corpo, desejo e braços por todo o lado}
[peço desculpa, mas esta entrada foi precoce. explico: estava eu a compor a coisa quando cliquei no botão errado e, pronto, veio-se antes do tempo]
terça-feira, 23 de agosto de 2011
fotogaleria
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
quinta-feira, 30 de junho de 2011
sexta-feira, 24 de junho de 2011
terça-feira, 14 de junho de 2011
segunda-feira, 13 de junho de 2011
sexta-feira, 10 de junho de 2011
quarta-feira, 8 de junho de 2011
nu (*)
(* Não, o título não é uma sigla, acrónimo, whatever... É a tradução de "Nackt". E "nu" não leva acento!)
domingo, 5 de junho de 2011
o jantar
Sobre o jantar de ontem, o Pinguim já disse tudo. Aqui por casa, nós reiteramos tudo! E mais agradecemos a todos os presentes, aos que conhecíamos e, sobretudo, a quem conhecemos ontem. E mais ainda aos que vieram de Braga, Porto, Coimbra e Portalegre. A tod@s, muito obrigado!
[Reconhecem a música, certo!? E sapatos!?
Obrigado aos modelos!]
À volta da fogueira ● Abraço-te ● Beijinhos Embrulhados ● Comyxtura criativa ● F3lix Photography ● Felizes Juntos ● Gritos, gostos e gafanhotos ● How the enGine throbs… ● Meaningless ● O blog das informações absolutamente inúteis ● ophi_3 ● Psimento ● Secret garden ● Sinfonia do horizonte ● Soul not for sale ● Tong Zhi ● Um voo cego a nada ● Whatever ● Whynotnow
Beirut, Scenic World (outra versão)
quarta-feira, 1 de junho de 2011
...
POEMA DE AGRADECIMENTO À CORJA
Obrigado, excelências.
Obrigado por nos destruírem o sonho e a oportunidade de vivermos felizes e em paz.
Obrigado pelo exemplo que se esforçam em nos dar de como é possível viver sem vergonha, sem respeito e sem dignidade.
Obrigado por nos roubarem. Por não nos perguntarem nada.
Por não nos darem explicações.
Obrigado por se orgulharem de nos tirar as coisas por que lutámos e às quais temos direito.
Obrigado por nos tirarem até o sono. E a tranquilidade. E a alegria.
Obrigado pelo cinzentismo, pela depressão, pelo desespero.
Obrigado pela vossa mediocridade.
E obrigado por aquilo que podem e não querem fazer.
Obrigado por tudo o que não sabem e fingem saber.
Obrigado por transformarem o nosso coração numa sala de espera.
Obrigado por fazerem de cada um dos nossos dias
um dia menos interessante que o anterior.
Obrigado por nos exigirem mais do que podemos dar.
Obrigado por nos darem em troca quase nada.
Obrigado por não disfarçarem a cobiça, a corrupção, a indignidade.
Pelo chocante imerecimento da vossa comodidade
e da vossa felicidade adquirida a qualquer preço.
E pelo vosso vergonhoso descaramento.
Obrigado por nos ensinarem tudo o que nunca deveremos querer, o que nunca deveremos fazer, o que nunca deveremos aceitar.
Obrigado por serem o que são.
Obrigado por serem como são.
Para que não sejamos também assim.
E para que possamos reconhecer facilmente
quem temos de rejeitar.
Joaquim Pessoa
---------------------------------------------------
Joaquim Pessoa nasceu no Barreiro em 1948. Iniciou a sua carreira no Suplemento Literário Juvenil do Diário de Lisboa.
O seu primeiro livro foi editado em 1975 e, até hoje, publicou mais de vinte obras incluindo duas antologias. Foram lhe atribuídos os prémios literários da Associação Portuguesa de Escritores e da Secretaria de Estado da Cultura (Prémio de Poesia de 1981), o Prémio de Literatura António Nobre e o Prémio Cidade de Almada.
Poeta, publicitário e pintor, é uma das vozes mais destacadas da poesia portuguesa do pós 25 de Abril, sendo considerado um "renovador" nesta área. O amor e a denúncia social são uma constante nas suas obras, e segundo David Mourão-Ferreira, é um dos poetas progressistas de hoje mais naturalmente de capazes de comunicar com um vasto público.
Bibliografia: O Pássaro no Espelho, A Morte Absoluta, Poemas de Perfil, Amor Combate, Canções de Ex cravo e Malviver, Português Suave, Os Olhos de Isa, Os Dias da Serpente, O Livro da Noite, O Amor Infinito, Fly, Sonetos Perversos, Os Herdeiros do Vento, Caderno de Exorcismos, Peixe Náufrago, Mas., Por Outras Palavras, À Mesa do Amor, Vou me Embora de Mim.
terça-feira, 31 de maio de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
domingo, 29 de maio de 2011
artista da semana :: Jamie Beck
Além de bonita, Jamie Beck é fotógrafa de moda e tem imensos autorretratos em estilo retro. Mas está a ficar conhecida por ter começado a intervir sobre o estatismo das fotografias, imprimindo-lhes pequenos movimentos que as tornam inusitadas, irreais e surpreendentes. É como olhar para o passado e achar que ele ainda se move em retrospetiva na nossa memória. Acho fascinante o resultado, além de que muda bastante o conceito associado ao formato .gif.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
'histórias de amor' + 'fazer durar o amor'
Os vídeos de hoje são do incrível Yann Arthus-Bertrand e pertencem ao seu projecto 6 milliards d'autres.
Eu gosto de ouvir as histórias das pessoas. As semelhanças e as diferenças. E de me comover com elas.
Eu gosto de ouvir as histórias das pessoas. As semelhanças e as diferenças. E de me comover com elas.
MAIS VÍDEOS TEMÁTICOS __ família + felicidade + perdoar + estar em casa + Rwanda, histórias de um genocídio + sonhos de criança + primeiras lembranças + deixar o seu país + progresso + desafios da vida + sonhos e renúncias + testemunhas do clima + sentido da vida
quarta-feira, 25 de maio de 2011
terça-feira, 24 de maio de 2011
o amor
que caminhos, os do amor?
que palavra? que rumor?
que fado ou ruim desdita?
que raro lugar habita?
em que bom jardim desponta?
será a favor ou contra?
do lado esquerdo ou direito?
se é cérebro, será peito?
será quente já que é frio?
que forma, se é sem feitio?
viverá sem ter nascido?
morrerá sem ter vivido?
longe, longe, tão perto!
errado, mas sempre certo?
certo, mas sempre errado?
será urbano, nada prado?
tudo prado, nada urbano?
todo animal, nada humano?
será chuva sem deixar
de ser sol, permanente ar?
será noite, se é só luz?
que analgésico produz
tão forte e tamanha dor?
ah... os caminhos do amor!
paulo.xxxi.v.xxiv
segunda-feira, 23 de maio de 2011
domingo, 22 de maio de 2011
[...] e o convite!
Depois do convite feito, a imagem, que tem como base a foto da entrada anterior. Não se tinham esquecido do jantar, pois não? Já falta muito pouco! Já agora, se puderem divulgar pelos vossos meios, a gerência agradece. Outros pormenores seguirão no próximo fim de semana, num email endereçado aos interessados em participar nesta 5ª edição. |
The Farm, All together now |
Deixo o código para poderem divulgar a imagem do convite, já que desta forma é mais fácil e rápido para quem o quiser colocar no respectivo estaminé.
Para quem não percebe muito do assunto, basta copiar e colar o código html aonde quiserem, só têm de ajustar as dimensões da imagem (mudar o valor "WIDTH"). Podem fazê-lo aqui e depois copiam todo o código. Ou copiam todo o código e, depois, fazem a alteração. Não custa nada, mas em caso de dúvida perguntem.
(original com 700 x 419 || 330 kb)
sábado, 21 de maio de 2011
o original [...]
As fotos abaixo são na verdade a mesma que foi tirada aquando do terceiro jantar de bloguistas (e o primeiro no Guilho), a 9 de Maio de 2009. Os sapatos são obviamente de alguns dos participantes.
A foto alterada foi publicada numa entrada de agradecimento.
A foto alterada foi publicada numa entrada de agradecimento.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
domingo, 8 de maio de 2011
coisas que eu sei
Sei pouco.
Sabemos sempre pouco para o tempo de que dispomos para aprender.
Mas sei que tenho de agradecer os comentários que fizeram à entrada que o Zé pôs sobre os 10 anos que fizemos.
Mas antes um desabafo: a semana foi tão intensa de trabalho que nem deu para me aperceber que já lá vão 10 anos. E quando digo 'intensa' não estou a ser eufemístico! Em duas noites seguidas, dormi 3h e meia, e mais horas tivesse o dia e maior seria a romaria. Confesso que ainda não me refiz totalmente e o atordoamento ainda se reflete no meu discurso e atos. Fora isso, tudo bem. Talvez seja muito exige nos pormenores. Sei que sim.
Além deste pormaior, estivemos a semana quase toda separados (e ainda bem, que de outra forma nem eu teria conseguido trabalhar tão intensamente). Ainda não comemorámos. Aliás, perfeito, perfeito seria casarmos neste ano redondo das nossas vidas. Mas ainda não chegou o momento. Os laços que nos unem já são suficientemente fortes.
Mais coisas que eu sei e das quais já nem costumo falar muito por aqui. Então:
Sei que
- há 10 anos, nenhum de nós imaginaria chegar até aqui. Como já noutras ocasiões referi, há muito que entrámos em velocidade cruzeiro: poucas coisas serão capazes de nos desviar da rota. Concluo: a questão de 'aonde havemos de chegar' ou 'até quando' não faz muito sentido. Havemos de chegar aonde nos esperam e 'para sempre' é muito tempo. E tempo nenhum.
Sei que
- há 10 anos, éramos muito mais jovens. A idade, o tempo não nos perdoam. Mas o tempo também nos ensinou a conhecermo-nos melhor. E concluo: se não consigo conhecer-me a mim próprio como é que hei de conseguir conhecer o Zé?... o conhecimento é sempre um jogo de estratégia, de aproximação, teste e tática. Gosto muito dele, mas ainda não o conheço a ponto de saber como reagir a algumas coisas que diz ou faz. O contrário (i.e., o Zé em relação a mim) é igualmente, ou mais, verdade. E concluo: dificilmente havemos de chegar a um ponto em que diremos 'Acabou a demanda, nada mais temos para descobrir um no outro'.
Sei que
- continuamos a não pertencer um ao outro. Melhor: pertencer até pertencemos, mas só parcialmente, porque nós pertencemos, antes de mais, a nós próprios. A independência é um valor (se assim lhe posso chamar) fundamental. A música da minha adolescência 'Nasce selvagem' (Resistência/ Delfins) continua a fazer todo o sentido! Ainda me arrepia. Se não se lembram, pesquisem que facilmente se reverão! E concluo: a infância, a adolescência, a família, os amigos, a escola, a sociedade, enformam-nos de um modo único, às vezes indelével, outras com uma força a que nos é impossível fugir. E esses traços estão sempre connosco, fazem com que sejamos nós próprios. De nós próprios. Se fôssemos uma propriedade, seríamos nós próprios o único titular.
Sei que
- a independência não pode impedir a negociação, a cedência, a comunicação. Afinal, o crescimento. Sei que a certa altura da nossa relação, decidimos crescer juntos. Crescer (como 'independência') é uma palavra-conceito fundamental. Se um dia decidirmos deixar de crescer, acabou. Deixará de haver caminho, rota, meta para percorrermos juntamente. Isto implica que, entretanto, tenhamos que pôr a nossa teimosia de parte e negociar e ceder. Às vezes, a comunicação entre nós é difícil e por isso andamos sempre a palpar terreno, a ver como podemos resolver alguma zona nebulosa. Acho que nunca deixámos nenhuma por dissipar. Concluo: para avançarmos, precisamos de percorrer etapas, algumas delas em que temos de ceder às perspetivas do outro. Ah, crescer é isso: abrir a nossa porta de entrada e permitir que o 'outro' entre em nós e passeie pelos nossos corredores, abra as portas e descubra, mais ou menos lentamente, os pormenores dos nossos (mais recônditos) recantos e aí deixe a marca da sua presença ou passagem (se não deixar, será absolutamente indiferente; se for indiferente não nos fará crescer em nenhum sentido = a zero, portanto = tempo perdido).
Sei que
- me custa dormir sozinho, mesmo que às vezes - quando juntos - não me apeteça dormir abraçado.
Sei que
- não precisamos de muitas palavras para comunicarmos. Só precisamos das palavras certas.
Sei que
- ensinei o Zé a gostar de fruta, a comer mais peixe e legumes, a gostar de plantas e de cores.
Sei que
- me obrigou a enfrentar alguns medos, a gostar de gatos, a ter o ouvido mais atento, a ser mais paciente e menos histriónico.
Sei que
- 10 anos é muito tempo. E que passou muito depressa!
Obrigado a tod@s pelos comentários!
Ah, e para concluir, também sei que
- viajamos sempre. E estamos sempre de passagem... (não se esqueçam vocês disso!)
Sabemos sempre pouco para o tempo de que dispomos para aprender.
Mas sei que tenho de agradecer os comentários que fizeram à entrada que o Zé pôs sobre os 10 anos que fizemos.
Mas antes um desabafo: a semana foi tão intensa de trabalho que nem deu para me aperceber que já lá vão 10 anos. E quando digo 'intensa' não estou a ser eufemístico! Em duas noites seguidas, dormi 3h e meia, e mais horas tivesse o dia e maior seria a romaria. Confesso que ainda não me refiz totalmente e o atordoamento ainda se reflete no meu discurso e atos. Fora isso, tudo bem. Talvez seja muito exige nos pormenores. Sei que sim.
Além deste pormaior, estivemos a semana quase toda separados (e ainda bem, que de outra forma nem eu teria conseguido trabalhar tão intensamente). Ainda não comemorámos. Aliás, perfeito, perfeito seria casarmos neste ano redondo das nossas vidas. Mas ainda não chegou o momento. Os laços que nos unem já são suficientemente fortes.
Mais coisas que eu sei e das quais já nem costumo falar muito por aqui. Então:
Sei que
- há 10 anos, nenhum de nós imaginaria chegar até aqui. Como já noutras ocasiões referi, há muito que entrámos em velocidade cruzeiro: poucas coisas serão capazes de nos desviar da rota. Concluo: a questão de 'aonde havemos de chegar' ou 'até quando' não faz muito sentido. Havemos de chegar aonde nos esperam e 'para sempre' é muito tempo. E tempo nenhum.
Sei que
- há 10 anos, éramos muito mais jovens. A idade, o tempo não nos perdoam. Mas o tempo também nos ensinou a conhecermo-nos melhor. E concluo: se não consigo conhecer-me a mim próprio como é que hei de conseguir conhecer o Zé?... o conhecimento é sempre um jogo de estratégia, de aproximação, teste e tática. Gosto muito dele, mas ainda não o conheço a ponto de saber como reagir a algumas coisas que diz ou faz. O contrário (i.e., o Zé em relação a mim) é igualmente, ou mais, verdade. E concluo: dificilmente havemos de chegar a um ponto em que diremos 'Acabou a demanda, nada mais temos para descobrir um no outro'.
Sei que
- continuamos a não pertencer um ao outro. Melhor: pertencer até pertencemos, mas só parcialmente, porque nós pertencemos, antes de mais, a nós próprios. A independência é um valor (se assim lhe posso chamar) fundamental. A música da minha adolescência 'Nasce selvagem' (Resistência/ Delfins) continua a fazer todo o sentido! Ainda me arrepia. Se não se lembram, pesquisem que facilmente se reverão! E concluo: a infância, a adolescência, a família, os amigos, a escola, a sociedade, enformam-nos de um modo único, às vezes indelével, outras com uma força a que nos é impossível fugir. E esses traços estão sempre connosco, fazem com que sejamos nós próprios. De nós próprios. Se fôssemos uma propriedade, seríamos nós próprios o único titular.
Sei que
- a independência não pode impedir a negociação, a cedência, a comunicação. Afinal, o crescimento. Sei que a certa altura da nossa relação, decidimos crescer juntos. Crescer (como 'independência') é uma palavra-conceito fundamental. Se um dia decidirmos deixar de crescer, acabou. Deixará de haver caminho, rota, meta para percorrermos juntamente. Isto implica que, entretanto, tenhamos que pôr a nossa teimosia de parte e negociar e ceder. Às vezes, a comunicação entre nós é difícil e por isso andamos sempre a palpar terreno, a ver como podemos resolver alguma zona nebulosa. Acho que nunca deixámos nenhuma por dissipar. Concluo: para avançarmos, precisamos de percorrer etapas, algumas delas em que temos de ceder às perspetivas do outro. Ah, crescer é isso: abrir a nossa porta de entrada e permitir que o 'outro' entre em nós e passeie pelos nossos corredores, abra as portas e descubra, mais ou menos lentamente, os pormenores dos nossos (mais recônditos) recantos e aí deixe a marca da sua presença ou passagem (se não deixar, será absolutamente indiferente; se for indiferente não nos fará crescer em nenhum sentido = a zero, portanto = tempo perdido).
Sei que
- me custa dormir sozinho, mesmo que às vezes - quando juntos - não me apeteça dormir abraçado.
Sei que
- não precisamos de muitas palavras para comunicarmos. Só precisamos das palavras certas.
Sei que
- ensinei o Zé a gostar de fruta, a comer mais peixe e legumes, a gostar de plantas e de cores.
Sei que
- me obrigou a enfrentar alguns medos, a gostar de gatos, a ter o ouvido mais atento, a ser mais paciente e menos histriónico.
Sei que
- 10 anos é muito tempo. E que passou muito depressa!
Obrigado a tod@s pelos comentários!
Ah, e para concluir, também sei que
- viajamos sempre. E estamos sempre de passagem... (não se esqueçam vocês disso!)
(música: John O'Callaghan & Betsie Larkin, Impossible To Live Without You)
sexta-feira, 6 de maio de 2011
quarta-feira, 4 de maio de 2011
domingo, 1 de maio de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
as máscaras ibéricas
Pelo sétimo ano consecutivo (este ano, um pouco mais cedo), acontece o festival da máscara ibérica. Passem pelo desfile (dia 30 - se quiserem consultar o programa) que vale muito, muito a pena.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
o rio a estrada
[nota: num destes dias, os meandros do Zêzere,
enquanto subíamos a caminho da minha aldeia]
enquanto subíamos a caminho da minha aldeia]
terça-feira, 26 de abril de 2011
a utopia
Isolem o título do poema de Ruy Belo ['Um dia não muito longe não muito perto'] e vejam o vídeo. Claro, aproveitem e recordem o poema:
Um dia não muito longe não muito perto
Às vezes sabes sinto-me fartoRuy Belo, in Todos os poemas
por tudo isto ser sempre assim
Um dia não muito longe não muito perto
um dia não muito normal um dia quotidiano
um dia não é que eu pareça lá muito hirto
entrarás no quarto e chamarás por mim
e digo-te já que tenho pena de não responder
de não sair do meu ar vagamente absorto
farei um esforço parece mas nada a fazer
hás-de dizer que pareço morto
que disparate dizias tu que houve um surto
não sabes de quê não muito perto
e eu sem nada pra te dizer
um pouco farto não muito hirto e vagamente absorto
não muito perto desse tal surto
queres tu ver que hei-de estar morto?
segunda-feira, 25 de abril de 2011
a liberdade
Mário-Henrique Leiria, "Chamada geral"
avisam-se todas as polícias
fugiu um homem
tem
olhos muito abertos
duas mãos dois pés
caminha persistentemente
atenção
supõe-se que é perigoso
sinais particulares:
baixa-se com frequência
para fazer festas a um gato
apanha folhas caídas
antes que o varredor as leve
gosta de tremoços
atenção
GOSTA DE TREMOÇOS
repete-se
avisam-se todas as polícias
anda um homem à solta
à solta
atenção
tem-se como certo
que é
realmente perigoso
os aeroportos
já estão sob vigilância permanente
tudo está a postos
não poderá passar
por nenhuma fronteira
que seja conhecida
insiste-se
avisam-se todas as polícias
anda um homem em liberdade
atenção
em liberdade
delações muito recentes
permitem afirmar
que fala com frequência
todo o cuidado é pouco
consta também
embora sem referências concretas
que está sempre presente
nos locais os mais suspeitos
apela-se com insistência
para o civismo de todos os cidadãos
para a denúncia rápida e eficaz
há recompensa
atenção
anda pelo país um homem
livre
não se sabe o que fará
exige-se
a quem o vir
que atire imediatamente
é urgente
atenção
atenção
chamam-se todas as polícias
uma informação
da máxima importância
relatórios afirmam
que frequentemente
sorri com extrema virulência
repete-se o apelo
ATIREM PARA MATAR
NADA DE PERGUNTAS
in Novos Contos do Gin, 1978
domingo, 24 de abril de 2011
a vida
Peter Paul Rubens, 'Ressurreição'
Fernando Bayona - Circus Christi - 12 - Resurrección
Fernando Bayona - Circus Christi - 13 - Duda De Tomás
Rufus Wainwright, Hallelujah [para o significado de 'aleluia']
Boa Páscoa, gentes!
sexta-feira, 22 de abril de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
a cruz
Canto Russo - Видящи Тя висима, Христе
Nesta seleção de crucifixos estão alguns dos que mais nos impressionaram, desde os medievais (que vimos em Barcelona e Lucca), ao de Filippo Brunelleschi e de Michelangelo (ambos em Florença), e ainda os que havemos de ver no Escorial (de Benvenuto Cellini) e em Assis.
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