quinta-feira, 30 de abril de 2009
..:: nota de rodapé ::..
quarta-feira, 29 de abril de 2009
..:: desabafo 1001 ::..
Prometi mas não consigo cumprir.
Mesmo contrariando a vontade, não consigo deixar de ter de pedir desculpa.
Se calhar, ainda não tinha chegado o momento para o conteúdo que queria que agora saísse… deve ser isto.
Fica para depois.
Adio mais uma vez.
E que problema há em adiar?
Nenhum.
Eu é que me sinto em falta, tal como não me sinto bem quando não consigo cumprir as minhas próprias expectativas.
Que se lixe.
Fica para depois.
Ninguém morre por esta não ser uma entrada apoteótica.
sábado, 25 de abril de 2009
..:: 1000-ésima ::..
quinta-feira, 23 de abril de 2009
..:: vậrias seƚeccionadas ::..
★★★
★★★
★★★
Quem 60 ao teu lado e 70 por ti,
vai certamente rezar 1/3
para arranjar 1/2 de te levar para
1/4 e ter a coragem de te dizer:
20 comer!
quarta-feira, 22 de abril de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
..:: para entes cultos ::..
(Diz-me com quem andas e te direi quem és)
(A cavalo dado não se olham os dentes)
(O olho do amo engorda o gado)
Idêntico ascendente, idêntico descendente.
(Tal pai, tal filho)
Tem o monarca no baixo ventre.
(Tem o rei na barriga)
Quem aguarda longamente, atinge o estado de exaustão.
(Quem espera, desespera)
domingo, 19 de abril de 2009
..:: blogosfera elegebetê à mesa ≈≈
Sobre o jantar de há um ano: é verdade que alguns de nós já nos conhecíamos, mas foi um convívio por demais bom. Daqueles que não se esquecem facilmente. Não esqueceremos, por exemplo, que foi há um ano que conhecemos pessoalmente o Catatau.
Este ano, e muito graças ao Pinguim, esperamos repetir a façanha do encontro no jantar de 9 de Maio de que já aqui demos conta. Serve esta entrada para agora destacarmos um outro, posterior, organizado pelo Max e pelo Héliocoptero. Fica aqui a entrada decalcada e pensem na hipótese de virem a estar presentes (as inscrições são até 6 de Maio)!
No dia 6 de Junho, três semanas antes do Orgulho de 2009, queremos juntar a blogosfera LGBT à mesa. Em Lisboa e num restaurante ainda por definir, que isso vai depender do número de pessoas inscritas. Quem estiver interessado, deve enviar uma mensagem para este email com o nome, nick e endereço do blogue. As inscrições estão abertas até dia 6 de Maio, altura em que iremos enviar mensagens de correio a todos os interessados para confirmar presenças. Quem nessa altura não responder, será excluído da lista de inscritos.
E a orientação sexual das pessoas é indiferente: basta que tenham um blogue onde tenham vindo a defender a igualdade de direitos. Comentadores e simpatizantes são, muito naturalmente bem vindos!
Portanto, já sabem: opinem para a caixa de bitaites do Devaneios. E, quem quiser, desde já agradecemos o favor de fazer constar semelhante rambóia no seu blogue de modo a tentarmos juntar mais alguns... »
sexta-feira, 17 de abril de 2009
..:: o meu lado rural ::..
Quem me conhece o lado rural sabe que não há nada a fazer: que nem a urbe consegue mais do que disfarçar a rusticidade que me enformou. Não me envergonho disso. A verdade é que quando vou à aldeia penso em como quase ninguém conseguirá sequer aproximar-se do que este corpo esconde, nomeadamente em termos de experiências. Suspeito que essa deve ser uma das características que faz cada um de nós seres únicos: o incomunicável, a exclusividade das experiências, o que reservamos só para nós. Este ano não me apeteceu revisitar os rituais da semana chamada Santa e fiquei a curar uma neura excessiva (os horóscopos dizem-me que por culpa de mercúrio e da lua entrei numa fase de grande silêncio e introspecção - ah, que bom... quem sou eu para os contrariar). Além disso, ainda que com saudades, prefiro ficar com o Zé e o silêncio cá de casa.
E por mais que desenterre o lado rural, que às vezes me descubram na língua o requebro e a aspereza, reconheço que nem encontro palavras à medida nem imaginação para traduzir o que sinto aquando do meu encontro com as montanhas, que é, como quem diz, comigo e com o meu passado, às vezes, cheio de uma amargura misturada com uma imensa alegria e felicidade. Eis outra característica que nos torna únicos: sermos paradoxais. Retornar continua a ser, ainda, o acto de nascer, e nascer e nascer, outra vez e outra e outra. Ad infinitum. Mesmo quando os olhos já não forem capazes de ver, mas o coração ainda por cá deambular.
Este ano não [re]nasci e, portanto, enquanto finjo que não me dói a ferida do lado, vou ali ver se consigo fechar o capítulo deste livro.
E bom fim-de-semana!
quinta-feira, 16 de abril de 2009
..:: palavras que nos salvam ::.. David Mourão-Ferreira
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos »
quarta-feira, 15 de abril de 2009
..:: parabéns, Monga! ::..
terça-feira, 14 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
..:: coordenadas para a nossa janta ≈≈
Depois da entrada do Pinguim (que aqui colocamos na íntegra), espero que não precisem de qualquer desenho.
Como toda a gente que nos lê tem conhecimento, através da publicação simultânea de um post intitulado “Convite irrecusável”, o
Surgiram, entretanto alguns mal-entendidos que convém esclarecer devidamente; este jantar vem na sequência de um primeiro jantar, com apenas 9 blogs presentes, organizado apenas por mim, no bar Agito no Bairro Alto, em 2007, o qual foi muito agradável; tendo entretanto alargado o número de blogs amigos (linkados), para a organização do jantar de 2008, pedi a colaboração do
Este ano, abalançamo-nos de novo a organizar este evento, mas é preciso notar que é um jantar como centenas de outros que se fazem na blogosfera, uns centrados nalgum fim específico, outros simples reuniões de amigos. Mas que fique bem ciente que não há jantares, nem poderia haver, abertos a todos os blogs, pois isso seria impossível, até logisticamente… Este é o NOSSO jantar, jantar de amigos meus e do “Felizes Juntos” e seus acompanhantes; por tal motivo não aceitamos sugestões, principalmente quando elas vêm eivadas de situações absurdas; como bem diz o Paulo (“... não há paciência para gente complexada. e, sim, caso ainda haja alguém que não tenha percebido, é um jantar de amigos NOSSOS. conhecidos ou não, fisicamente. mas tem de haver alguma afinidade electiva, caso contrário, nada feito…”) é um jantar de amigos!!!
E devo dizê-lo com frontalidade: há alguém que está a fazer uma certa confusão com este jantar, talvez por ter muito empenho em estar presente, mas que não irá estar, pois ninguém gosta de receber “em sua casa” pessoas com quem tem um relacionamento, chamemos-lhe assim “menos bom”, por motivos antigos e que nada têm a ver com o jantar; para bom entendedor, meia palavra basta… e se for preciso, como diz o
Outra confusão lançada por essa mesma pessoa é o pseudo-choque com outra iniciativa do mesmo género a realizar em 6 de Junho, um jantar de blogs defensores da causa GLBT, no qual já me inscrevi e que é um jantar diferente do nosso; só não percebe isso quem não quer ou pretende mesmo fazer confusão; aproveito para dizer que um ou mais organizadores desse jantar estarão no nosso evento, pois fazem parte de blogs amigos e lá divulgarão o seu empreendimento.
Vou começar, pessoalmente, a contactar todos os blogs que tenho linkados, incluindo os brasileiros (sabe-se lá se não virá uma excursão, eheheh) e peço que me vão informando da vossa presença certa ou possível e do número de pessoas acompanhantes (claro que cônjuges e namorad@s também estão convidados…)
E não esquecemos aqueles nossos comentadores, sem blog, mais ou menos assíduos, que claro, iremos tudo fazer para também estarem presentes. O
É com satisfação que aqui apresentamos o logótipo do nosso jantar, da autoria do
domingo, 12 de abril de 2009
sexta-feira, 10 de abril de 2009
..:: papa-lhaçada ::..
quinta-feira, 9 de abril de 2009
..:: efémera ::..
quarta-feira, 8 de abril de 2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
..:: palavras que nos salvam ::.. Eugénio de Andrade
E é assim que a noite chega, e dentro dela te procuro, encostado ao teu nome, pelas ruas álgidas onde tu não passas, a solidão aberta nos dedos como um cravo.
Meu amor, amor de uma breve madrugada de bandeiras, arranco a tua boca da minha e desfolho-a lentamente, até que outra boca – e sempre a tua boca – comece de novo a nascer na minha boca.
Que posso eu fazer senão escutar o coração inseguro dos pássaros, encostar a face ao rosto lunar dos bêbados e perguntar o que aconteceu. »
segunda-feira, 6 de abril de 2009
..:: stabat mater dolorosa iuxta crucem lacrimosa dum pendebat filius ::..
«(...) Quando corpus morietur fac ut animae donetur paradisi gloria. Amen»
imagens vistas no creative boys club
tradução de Stabat Mater
domingo, 5 de abril de 2009
≈≈ uma par†e da memória de ti, catatau ::..
É verdade. Não tenho blog. Mas não tenho blogosfear, ah ah ah. ;)
Um abraço de quem esteve, sentado, de costas, mas a sentir o calor humano de uma mesa em U. »»
Mas a Palma de ouro do Festival das Caldas (chama-lhe "palma", chama!...), vai inteirinha para a co-produção do Miguel/Carlos que souberam fazer-nos sentir em casa, felizes, contentes, juntos e prontos para mais do mesmo!
Em relação ao pic-nic, só tenho uma palavra: "quando-é-que-é-o-próximo-com-esta-gente-boa-e-com-quem-mais-se-quiser-juntar"?
(Ai, que eu hoje estou para lá de palavroso.) »»
≈≈ wisdom ≈≈
Porque às vezes pensamos que sabemos tudo.
Porque às vezes temos medo de dizer que amamos.
Porque às vezes esquecemo-nos de ser humildes.
E por tantos outros "às vezes"...
Recebido via e-mail. Obrigado, Filipa.
sábado, 4 de abril de 2009
≈≈ catatau ::..
e agora, Catatau? esperamos coordenadas para o que havemos de fazer? sim, tens de saber: esperamos as coordenadas para o nosso percurso! que é feito do teu sorriso franco e limpo? e do humor único? e da cumplicidade? nosso querido Catatau, ontem percebi que tudo de repente. que tudo de repente podia ficar em silêncio. e o silêncio basta? não! e quem nos comentará com a sabedoria, a amizade e o tempo que tu tão particularmente tinhas? mas pior que esse silêncio de circunstância virtual é saber que já não atenderás o telefone. que não virás ter connosco, nem todos nós poderemos andar quilómetros e quilómetros para ir ter contigo onde quer que estivesses, ainda que saibamos que agora estás em todo o lado. mas uma imitação de omnipresença não nos chega. e a verdade da ausência é uma dor imensurável. porque já não poremos devagar a nossa mão no teu peito para ouvir o respirar da terra. ontem, Catatau, entendi o que não queria perceber. hoje, estive triste como um barco negro ao sol. e o inevitável. é verdade que nós juntos, eu e o Zé, já perdemos tanta gente por causa de cancro que a morte se tornou um crime banal. e de cada vez, Catatau, é a mesma lança que nos atravessa de lado a lado. e esvaímo-nos, Catatau! contigo. mas as nossas pequenas dores deixam de fazer qualquer sentido. não te esqueças: estamos à espera das coordenadas para o nosso percurso! conforta-nos saber que a nossa entrevista te causou "enorme orgulho e prazer". não nos esquecemos. aonde quer que vás, nós vamos contigo. para onde quer que vás, nós iremos lá ter! além do fim do mundo. só precisamos das tuas coordenadas. não nos esquecemos que, por vezes, num segundo se evolam muitos anos! e a mesma pergunta, Catatau: porquê?
David Mourão-Ferreira e Maria do Rosário Pedreira
sexta-feira, 3 de abril de 2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
..:: palavras que nos salvam (muitas vezes) ::.. María Zambrano
(...) Por uma metáfora habitualmente entende-se uma forma imprecisa de pensamento. Dentro da poesia tem-se-lhe concedido, especialmente desde Paul Valéry, todo o seu valor. Mas a metáfora desempenhou na cultura uma função mais profunda, e anterior, que está na raiz da metáfora usada na poesia. É a função de definir a realidade inabarcável pela razão, mas propícia a ser captada de outro modo. É também a sobrevivência de algo anterior ao pensamento, pegada num tempo sagrado, e, portanto, uma forma de continuidade com tempos e mentalidades passadas, coisa tão necessária numa cultura racionalista. E a verdade é que, nos seus momentos de maior esplendor, a Razão nada teve que temer perante estas metáforas a que podemos chamar fundamentais.»
«O amor transcende sempre, é o agente de toda a transcendência. Abre o futuro; não o porvir, que é o amanhã que se pressupõe certo, repetição com variações do hoje e réplica do ontem. O futuro essa abertura sem limite, para outra vida que nos aparece como a vida de verdade. O futuro que atrai também a História. Mas o amor lança-nos para o futuro, obrigando-nos a transcender tudo o que concede. A sua promessa indecifrável desacredita tudo o que consegue, toda a realização. O amor é o agente de destruição mais poderoso, porque, ao descobrir a inanidade do seu objecto, deixa livre um vazio, um nada que é aterrador no princípio de ser apercebido. É o abismo em que se some não somente o amado, mas a própria vida, a própria realidade do que ama. É o amor que descobre a realidade e a inanidade das coisas, e que descobre o não ser e até o nada.»