domingo, 31 de agosto de 2008

..:: artista da semana ::.. JORGE MOLDER

[Lisboa, 1947]



© Jorge Molder





© Jorge Molder, da série Nox, 1998/9



© Jorge Molder, da série Não tem que me contar seja o que for, 2006/7 | da série La reine vous salue..., 2001



© Jorge Molder, da série Circunstâncias Atenuantes, 2003 | da série Condição Humana, 2005

sábado, 30 de agosto de 2008

..:: pensamҽnto do dia ::..

Se ainda não encontrou a pessoa certa, não desespere e vá comendo a pessoa errada, porque o que realmente interessa é estar alimentado.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

..:: nṍs formamos nȭs fortes ::..

Para mudar um pouco o tom, aqui fica um lamiré do que virá a ser um filme. Por ora, foi só para experimentar as potencialidades do animoto, uma ferramenta interessante que conheci aqui.


..:: mais do mesmϕ... cadê as listas?

Mais do mesmo: todos os anos a mesma coisa. Realmente o dia tem 24h, mas é um bocado demais pedir a não sei quantos mil professores que tenham calma e espírito positivo, que aguardem com serenidade a publicação das listas. Até agora nada, a dgrhe ainda ainda tem mais um hora e tal até acabar o dia. Tenho de ser positivo, certo? Alguém conta uma anedota? Não, isto em si, já é uma anedota. Valha-nos as boas notícias: só 75% ficarão sem colocação. Olhem a minha ᴤøɹʇə¡


quinta-feira, 28 de agosto de 2008

..:: sou bom, o ͼⱥɹǡⱡҸø ::..

Pois bem, hoje com o Zé fora, lá me decidi a levantar o cu da cama para ir à escolinha do deserto do real. E para quê, meu santo deus? Para saber que sou um contratado de nível bom? Eu e todos os restantes doze lá da escolinha. Adivinhando o resultado, tinha-me prometido não ficar frustrado. Não consegui. Disse a Deniblog que temos o que merecemos. Pois não é que tem razão, afinal diz já o adágio que quanto mais nos baixamos mais nos vêem o cu.
Pelas contas, muitos de nós merecíamos excelente, sem cotas suficientes sequer para atribuir um excelente, a comissão podia ter atribuído alguns muito bons, mas qual quê: como fariam a distinção, responderam-me. Sei lá. Para que é que são professores titulares numa comissão de avaliação? Pois está visto que bons à dúzia é mais barato. Uns até saem prejudicados mas outros são beneficiados. E eu com isso? Tenho 9,5 (em 10) e sou bom. Tasse bem. (ainda se admiram que tenha uma baixa auto-estima?)
Costumo ser um tipo modesto... Mas não, eu não sou bom, quando muito sou muito bom, mas justiça aos números e sou excelente, ͼⱥɹǡⱡҸø! Ora bolas, como costumo dizer: metam a nota pelo cu acima e sejam muito felizes.



Não me passem a mão pelo pêlo que todo eu hoje me revisto de espinhos.




Nancy Sinatra & Lee Hazlewood, Summer Wine (outra versão aqui)



Calma, isto é só um desabafo… deve ser do verão… do fim das férias… das perspectivas de futuro… e é inédito: consegui escrever cu três vezes... pena ser tudo raiva e nenhuma conotação sexual!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

..:: canções e outros poemas ::..

Confesso: nunca li as Canções de fio a pavio. Aliás, confesso ainda que nunca me tinha debruçado muito sobre o fenómeno António Botto. A verdade é que, com esta edição das suas obras completas, sob a chancela da Quasi, fiquei tentado a lê-lo melhor e mais (tinha cá em casa uma edição das Canções da Presença a que nunca regressei muito e da qual só me lembrava de alguns poemas isolados).
Eduardo Pitta dirige a colecção em nove volumes e chamou a este primeiro Canções e Outros Poemas, reajustou o título ao teor do volume, escolha que está muito bem explicada na nota editorial e na introdução (amei o título “Uma cegueira inconsciente”!), o que nem sempre acontece quando se editam os mortos (mesmo pelos académicos).
Além da introdução, o livro inclui uma cronologia, na qual é sobejamente explicitada a importância que Pessoa teve na recepção e defesa da obra de Botto. Nestas duas intervenções (introdução e cronologia), Eduardo Pitta faz uma excelente digressão crítica (inclui um Ricardo Araújo Pereira pré-comediante) que me deixou surpreendido, inclusive pelo modo como Eugénio de Andrade pôde ter sido tão mauzinho com o autor das Canções e manifestar uma tão curta memória (Botto incentivou a publicação do primeiro livro do ainda José Fontinhas). Afinal, Botto manifestou uma ousadia que Abel Botelho não teve (cf. p. 35); esbarrei, novamente, com a obliteração da homotextualidade por parte da intelligentzia (cf. 27). Surpreendi-me também com a crise de fé que Botto teve nos anos 50 (produziu efeitos em Fátima, o segundo volume da colecção e que ainda não adquiri) e com a morte e o posterior esquecimento fundamentado nas reticências de ordem moral.
Mais uma vez, Eduardo Pitta apresenta um excelente trabalho e dá um retrato muito útil e elucidativo da vida, mas, sobretudo, da recepção que a obra de Botto teve, da importância que lhe foi negada em grande parte por tematizar justamente a homossexualidade. Neste momento, parece-me ser impossível continuar a ignorá-lo como um autor essencial na história da nossa homotextualidade, mas sabemos bem como a academia funciona (não me esqueço das palavras d'A Professora quando referiu que há apenas alguns anos era impensável trabalhar um autor vivo e determinados temas!). Mais: desconheço reacções significativas à saída do livro (nem a Com'Out o sugere).
Ainda bem que foi Eduardo Pitta o escolhido e aceitou o desafio para editar Botto e, como é seu apanágio, ter posto o dedo na ferida, chamando os bois pelos nomes! Numa época que continua a viver muito de aparências, salamaleques e gente enrustida, acho, pois, que todos devemos muito ao Eduardo por isso:
«Sem elidir o género, Botto fez, como ninguém em Portugal antes dele, o desembaraçado relato do amor que não diz o seu nome: «Quem é que abraça o meu corpo / Na penumbra do meu leito? […] – És tu, senhor dos meus olhos, / E sempre no meu sentido.» Um tal virtuosismo rítmico isenta a confessionalidade dos versos de qualquer tipo de proselitismo. Vinham longe os tempos dos gender studies, mas Botto antecipava de forma estridente a evidência da experiência…» (p. 35)


*****



1

Não. Beijemo-nos, apenas,
Nesta agonia da tarde.

Guarda –
Para outro momento,
Teu viril corpo trigueiro.

O meu desejo não arde
E a convivência contigo
Modificou-me – sou outro…

A névoa da noite cai.

Já mal distingo a cor fulva
Dosa teus cabelos. – És lindo!

A morte,
Devia ser
Uma vaga fantasia!

Dá-me o teu braço: – não ponhas
Esse desmaio na voz.

Sim, beijemo-nos apenas!,
– Que mais precisamos nós?
(«Adolescente», p. 45)


*****


1

O mais importante na vida
É ser-se criador – criar beleza.

Para isso,
É necessário pressenti-la
Aonde os nossos olhos não a virem.

Eu creio que sonhar o impossível
É como que ouvir uma voz de alguma coisa
Que pede existência e que nos chama de longe.

Sim, o mais importante na vida
É ser-se criador.

E para o impossível
Só devemos caminhar de olhos fechados
Como a fé e como o amor.
(«Curiosidades Estéticas», p. 73)



António Botto »» Canções e Outros Poemas »» edição, cronologia e introdução de Eduardo Pitta »» revisão de Luís Manuel Gaspar »» Vila Nova de Famalicão »» Quasi »» Maio de 2008


© Nazif Topçuoğlu, Cain and Abel (da série Recent Readers), 2003

terça-feira, 26 de agosto de 2008

..:: memória ƌos lugares ::..

Vá, se tiverem paciência, identifiquem todos os lugares por onde andámos na primeira metade de Agosto (são todos em Portugal). Basta clicar para verem as fotografias em formato maior.

Fátima
Serra do Açor e Zêzere
Belmonte
Sortelha
Sabugal
Penamacor
Monsanto
Segura
Salvaterra do Extremo
Idanha-a-Nova (+ barragem)
Senhora do Almurtão
Idanha-a-Velha
Jardim do Paço_Castelo Branco
minha aldeia
Alqueva

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

..:: hoje | ontem | amanhã ::..

«O que somos hoje é resultado do que pensámos ontem;
o que pensamos hoje é o que seremos amanhã:
a nossa vida é criação da nossa mente.»

..:: venha maᴉs uma ::..

O Paraíso é aquele lugar onde o humor é britânico, os cozinheiros são franceses, os mecânicos são alemães, os amantes são portugueses e tudo é organizado pelos suíços.
O Inferno é aquele lugar onde o humor é alemão, os cozinheiros são britânicos, os mecânicos são franceses, os amantes são suíços e tudo é organizado pelos portugueses.

domingo, 24 de agosto de 2008

..:: quem salta e fala assim ::.. Matthew Mitcham

Matthew Mitcham
[Brisbane, Queensland, 2 de Março, 1988]


Depois de ter lido esta entrada do Pinguim, aqui fica um pequeno complemento sobre o menino assumidamente gay (cf. wikipedia) e da importância de ser naturalmente o que se é:







mais fotos no site do menino de oiro

..:: artista da semana ::.. NAZIF TOPÇUOĞLU

[Ancara, 1954]




© Nazif Topçuoğlu, For Brunuel (and Dali), da série Offal with girls - Istambul, 2000) || To be or not to be, da série Offal with girls - New York, 2001


© Nazif Topçuoğlu, The Bridge, da série Curiosity & Experience, 2004-2007 || Death in Venice, da série Various, 2004-2005


© Nazif Topçuoğlu, The Alina Manoeuvre, da série Duos, 2004-2007 || Lamentations, da série New World, 2006-2007

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

..:: pauℓo post* ░ o dilema** ::..



Esgotei a minha capacidade de escrita e sou incapaz de escrever em círculos, repetindo-me e, se acontecer, é porque me esqueci (odeio repetir-me). Sucede, pois, que não me apetece falar de mim. Não me apetece falar de nós. Em tempos já me (nos) expus o suficiente. Ainda estou e continuarei de férias e com a cabeça de molho e para arrumar. Agosto é mês de pausa (nem que seja obrigatória, como é o meu caso).

De qualquer modo, e aparte disto, preciso de vos perguntar, num cenário de duas hipóteses, qual prefeririam: 1) que vos comente nos vossos blogues (quem os tem) ou 2) que vos responda aqui aos vossos comentários? Digam-me de vossa justiça que estou a ficar cansado e sem tempo.

Finalmente, questiono-me eu (perguntas retóricas, ok): para quê todo este investimento? Com um ano em cima é fácil enfrentar despedidas? Vejo o Graphic e apetece-me fazer o mesmo, mas, lá está, devo estar numa daquelas fases de entropia pura.


_____иϕԏɐȿ_________________________
* paulo post significa literalmente, em latim, um pouco depois (pouco veio de paucu, que é da mesma família de paulus e que também deu pobre – residual em paupérrimo, depauperar, etc.).
** dilema, do Lat. dilemma (Gr. dilemma, di por dis, duas + lêmma, proposição), s. m.: argumento que apresenta duas proposições contrárias e condicionais, deixando-se a alternativa ao contraditor ou adversário mas com as quais fica ele vencido ou convencido seja qual for a sua escolha; fig.: situação embaraçosa, entre duas soluções fatais, mas ambas difíceis ou penosas.