Etienne Daho, Le Grand Sommeil (Sweetlight Remix) + Norman McLaren, Narcissus
Eis-me, acordado de um sono que parece ter durado séculos. Nem vale a pena explicar motivos para o período negro em falta de tempo que foram os últimos dois meses, embora adiante que valeu a pena e costuma dizer-se que quem corre por gosto não se cansa. Já descansei. Já destilei ácidos e méis suficientes para sobreviver mais uns meses.
Agradeço, obviamente, os vossos comentários e visitas nas entradas deste mês que foi o mais parco por aqui em produção de «conteúdos». E não podia deixar de esclarecer duas coisas:
1) o jantar de gente mais ou menos blogueira pretende ser um convívio, nunca, jamais o convívio exclusivo de homossexuais ou a organização de uma orgia homossexual, ou qualquer coisa congénere, ok!? Também temos muito pouco jeito para organizar casamentos (e baptizados); é fácil perceber que não gostamos de guetos e, portanto, excluir seja quem for de participar não há-de ser com certeza por motivos de ser homem ou mulher, ter x ou y anos, etc.;
2) o motivo por que não mostrámos os nossos rostos na entrevista é facilmente compreensível pela leitura da mesma. Quem nos conhece, identificou-nos facilmente, quem não nos liga um ao outro, ficou na mesma. Preferíamos que nem tivesse havido fotos, pois o importante era a mensagem de serena e calma normalidade. Nunca nos escondemos, nunca recusámos um encontro por receio de nos identificarem. Mais: quem me conhece sabe que já escrevi e publiquei diferentes análises que focam a homossexualidade e o homoerotismo, que falo publicamente do assunto. Ainda assim, não fomos nós que procurámos a entrevista e só podemos agradecer ao Amigo que se lembrou de nós e deu o nosso contacto à Anabela; e, embora tenhamos pensado no assunto, não revelar o rosto não foi um problema. Lembro-me de um colóquio de há uns anos na FCG chamado “O homem de costas”, sobre a anulação da identidade: se não estamos nas fotos (e estamos), estamos nas palavras, que foram muitas mais mas que a limitação de caracteres levou a Anabela Mota Ribeiro a reduzir a conversa à essência. Além disso, não somos estrelas, não pretendemos ser modelos de coisa nenhuma para nos exibirem como um mostruário.
Avante: esclarecidos que estão estes dois pontos, vou (tentar) actualizar o email, as entradas no google reader e comentar parcimoniosamente quem nos tem comentado (sim, vós escreveis tanto que me interrogo: como é que terei hipótese de ler seiscentas e tal entradas só na secção da «elite»?).
Eis-me, acordado de um sono que parece ter durado séculos. Nem vale a pena explicar motivos para o período negro em falta de tempo que foram os últimos dois meses, embora adiante que valeu a pena e costuma dizer-se que quem corre por gosto não se cansa. Já descansei. Já destilei ácidos e méis suficientes para sobreviver mais uns meses.
Agradeço, obviamente, os vossos comentários e visitas nas entradas deste mês que foi o mais parco por aqui em produção de «conteúdos». E não podia deixar de esclarecer duas coisas:
1) o jantar de gente mais ou menos blogueira pretende ser um convívio, nunca, jamais o convívio exclusivo de homossexuais ou a organização de uma orgia homossexual, ou qualquer coisa congénere, ok!? Também temos muito pouco jeito para organizar casamentos (e baptizados); é fácil perceber que não gostamos de guetos e, portanto, excluir seja quem for de participar não há-de ser com certeza por motivos de ser homem ou mulher, ter x ou y anos, etc.;
2) o motivo por que não mostrámos os nossos rostos na entrevista é facilmente compreensível pela leitura da mesma. Quem nos conhece, identificou-nos facilmente, quem não nos liga um ao outro, ficou na mesma. Preferíamos que nem tivesse havido fotos, pois o importante era a mensagem de serena e calma normalidade. Nunca nos escondemos, nunca recusámos um encontro por receio de nos identificarem. Mais: quem me conhece sabe que já escrevi e publiquei diferentes análises que focam a homossexualidade e o homoerotismo, que falo publicamente do assunto. Ainda assim, não fomos nós que procurámos a entrevista e só podemos agradecer ao Amigo que se lembrou de nós e deu o nosso contacto à Anabela; e, embora tenhamos pensado no assunto, não revelar o rosto não foi um problema. Lembro-me de um colóquio de há uns anos na FCG chamado “O homem de costas”, sobre a anulação da identidade: se não estamos nas fotos (e estamos), estamos nas palavras, que foram muitas mais mas que a limitação de caracteres levou a Anabela Mota Ribeiro a reduzir a conversa à essência. Além disso, não somos estrelas, não pretendemos ser modelos de coisa nenhuma para nos exibirem como um mostruário.
Avante: esclarecidos que estão estes dois pontos, vou (tentar) actualizar o email, as entradas no google reader e comentar parcimoniosamente quem nos tem comentado (sim, vós escreveis tanto que me interrogo: como é que terei hipótese de ler seiscentas e tal entradas só na secção da «elite»?).
Infelizmente não tive oportunidade de comprar a revista e ler a vossa entrevista.
ResponderEliminarContudo, já me basta acompanhar-vos neste blog, pois o mais importante é saber que são felizes e que conservam a vossa privacidade longe da curiosidade pública.
Gosto muito do vosso espaço e faço votos para que ele se mantenha por muito tempo.
Olá!!!
ResponderEliminara)Ainda bem que avisam...olha eu a pensar que ia p uma orgia homossexual (lol, lol e lol...quem é que se lembrou desta???)
b) Já dizia a minha avózinha, agradar a Gregos e Troianos...olhem, nem os Gregos nem os Troianos!Gostei muito de vos ler, como já vos disse. Ainda bem que o Amigo se lembrou de vocês, não por serem seres excepcionais, nem "role models" de coisa alguma, mas por serem seres humanos e as vossas palavras velerem a pena ( e tb podem ser "estrelinhas", há quem não se importe :)
Beijinh@s muito afectuosos
Olá Paulo! =)
ResponderEliminar1)Quanto ao jantar, enfim...haja respeito, não é por os anfitriões serem gay que o jantar vai ser exclusivamente para pessoas gay, é para comer e conviver não é para engates...Olha eu, quero ir e não me vou sentir "fora" porque não tenho companheiro, era o que mais faltava! Quero é "encher a mula" e sobretudo conviver que faz falta ;)
2)Vocês estiveram bem na revista, foi lindo. Quando li, não me interessei minimamente em ver as vossas caras (não leves a mal), o mais importante para mim foi a menssagem. Mostraram que um casal composto por duas pessoas do mesmo sexo é tão funcional como um casal straight, faz falta para "educar" as pessoas. Mostraram que são tão normais e divertidos como qualquer outra pessoa e o mais importante, que se amam. Gostei muito da parte do cinema, foi giro ler ;)
Abraços aos dois!!!
Não há mal que sempre dure...
ResponderEliminarO período negro não podia durar para sempre...
Abraço!
Olá!!
ResponderEliminar“Venham pessoal, afinal é uma orgia!!!!!” looooooool Que coisa mais estúpida!!!! :( Enfim….
Eu não consegui comparar a revista (estava esgotada), mas li a “versão” on line!! Adorei!!! VIVA ao Paulo e ao Zé!!! Viva!!! :D
Beijinhos e porta-te mal!! ;)
Paulinho
ResponderEliminarNa "mouche"!!!
"A bonne entendeur, une parole est suffie..." e até pode ser... Avante!!!!
Mas porque raio certas pessoas complicam o que não é nada complicado?????
E isto tanto dá para o jantar que é de "amigos", como para o facto de "não dar a cara" na entrevista; se todos dessem a cara como vocês realmente deram, este nosso mundo estaria muito melhor!
Lá para a semana vou começar a contactar pessoalmente os "amigos" sobre o jantar...
Abraços grandes para o Zé e para ti.
Meus queridos, em particular, meu Mongo...há muito tempo que não lia uma coisa escrita por ti tão bonita, tão sincera,tão intensa.
ResponderEliminarDia 9 de Maio estarei em Chemnitz, é mm o meu dia de apresentação, mas daria tudo para estar convosco. Outra coisa, é pena não ser uma orgia gay, porque eu iria ADORAR!
Beijos muito mongos.
faço das palavras do A... as minhas...embora ele esteja preocupado com o facto de eu ser um esquisito a comer e provavelmente posso não me interessar pela ementa...loooool mas, acima de tudo, já fiz questão de frizar isto, vou percorrer os 300kms que nos separam para vos dar um abraço de agradecimento...porque foi uma entrevista tão boa que até a minha mãe e irmã leram;-) e ainda fiz questão de dizer: vou tar com eles no jantar dos bloggers!! ;-)
ResponderEliminarconhecer pessoalmente os outros bloggers:-D vai ser uma experiência bem enriquecedora:-)
Quanto ao demais: os cães ladram, e a caravana passa...
aquele abraço
☼ Maldonado, muito provavelmente até vamos aqui disponibilizar a entrevista... estamos a tratar disso! ainda por cima, na entrevista, ainda nos abrimos mais do que aqui: abrimos a vida ao público :)
ResponderEliminarobrigado pelos teus votos! a sério, porque só espero que tenhamos matéria, paciência e estímulo para nos mantermos por aqui. na vida privada, nada nos dá sinal de contrário.
☼ S.M., 1) fui eu que me lembrei da orgia quando surgiu um comentário que questionava o nosso convite ser endereçado a mulheres... 2) de facto, não somos excepcionais, nem exemplares, mas somos nós próprios. autênticos. quanto a sermos estrelinhas, lamentavelmente, a nossa modéstia não no-lo permite. é uma tristeza ;)
☼ A., 1) o espírito é esse! e também conhecer as caras que estão por detrás das palavras, certo? 2) obrigado pela tua simpatia! também aqui, tenho de concordar contigo: a mensagem é que importava, sobretudo, para o público straight. de certa forma, parece-me que a mensagem passou.
☼ Lampejo, de facto, já estava farto da atrofia. agora, o mais engraçado é que regressar à normalidade não está a ser nada fácil! é quase como reaprender a viver.
☼ adolescente gay, ah, se fosse uma orgia... era mesmo aqui que a divulgaria, claro LOL
e como já disse ao Maldonado, em princípio, havemos de pôr aqui a entrevista tal como saiu impressa. corei com os vivas!
☼ Pinguim, será sintonia de pensamento? simples, não é? e AVANTE, claro! acima de tudo, a integridade moral. não há paciência para gente complexada. e, sim, caso ainda haja alguém que não tenham percebido, é um jantar de amigos NOSSOS. conhecidos ou não, fisicamente. mas tem de haver alguma afinidade electiva, caso contrário, nada feito. alguém precisará de um desenho?
☼ Fernanda, é uma pena que tenhas de falar em Chemnitz, até porque a parte da orgia ainda não está posta de parte... estou a brincar, claro. só tu! mas gosto de te ver assim, bem humorada! e a falar plateias estrangeiras! ter gente famosa é outra coisa.
☼ Emanuel, bem, se a ementa não te agradar, pelo menos que a companhia te agrade. de certo, compensará os 300kms de distância, além da curiosidade pelo conhecimento mútuo. e fico feliz por teres dado a entrevista a ler à família... até parece que somos famosos. espero que elas tenham gostado! e tenham achado o máximo vires a conhecer-nos!
muitos beijos e abraços a tod@s!
Amor, entre Chemnitz e uma orgia semi-gay (sim, tb há heteros à misturada!!), a orgia vem em 1º lugar, ah pois claro!!
ResponderEliminarSe eu ficar famosa é por causa do meu cabelo pós-apocalíptico e anti-gravítico, que deve ofuscar o Manuel Durão Barroso (que tb lá vai estar).
Um beijo mongo
A propósito do mostrar ou não a cara lebro-me de ter comprado nesse dia o Público na Figueira da Foz e ter lido quas todo a entrevista no banco de trás do carro que se dirigia a Coimbra antes de a passar à rapariga no banco do pendura. Após um breve desfolhar solta "Nas fotos não se vê quase nada" ao que eu respondo "Mas nas letras lê-se quase tudo" e depois de ler concordou comigo!
ResponderEliminarQuem vê caras não vê corações e era isso que se pretendia e que aconteceu!
;)
╡ Monga do nosso coração, ah sua depravada! (boa, mas depravada - a querer meter bedelho em seara herética!)
ResponderEliminarnão, se fosses à orgia é que ficarias famosa! assim, a discursar simplesmente para o Durão é que nada feito!
para são beijos e abraços muito mongos! monguíssimos, aliás!
╡ F3lixP, ah, não imaginas como nos fez bem sabermos disto! obrigado. de facto, o que importava era estarmos nas palavras. mas como referi também estivemos nas fotos e quando nos vires, confirmarás: somos tal e qual. não precisas do rosto para nos veres o coração! Obrigado! um abraço
Ora avante, pois.
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