quinta-feira, 31 de julho de 2008
quarta-feira, 30 de julho de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
segunda-feira, 28 de julho de 2008
≈≈ eleições ≈≈
O título já me agrada:
Movimento quer acabar com reformas dos políticos
Já tem o meu voto!
Ler a notícia aqui.
domingo, 27 de julho de 2008
sábado, 26 de julho de 2008
..:: livre ::..
Porque ontem, dizem-me, começaram oficialmente as minhas férias. Devia estar feliz, sentir uma euforia qualquer. Por que será que não?
sexta-feira, 25 de julho de 2008
..:: barão de lavos ::..
«Entre nós, parece-nos pouco avisado falar de cultura gay pré-Stonewall, embora se possa e deva falar de cultura homossexual tout court e, nesse campo, das suas representações literárias. À partida, importa rejeitar o álibi da patologia social com que Abel Botelho tentou subtrair O Barão de Lavos (1891) à pulsão da pederastia. Mesmo à época, o esfarrapado argumento do impulso hereditário – a famosa diátese dos afectos – só podia vingar numa sociedade profundamente recalcada como a nossa.»
Eduardo Pitta, Fractura: A Condição Homossexual na Literatura Portuguesa Contemporânea. Coimbra: Angelus Novus, 2003; pp. 11-12.
Além da citação acima, só invoco o 3º e o 10º direitos do leitor e sigo para bingo. Avaliem pelos excertos seguintes.
«O atavismo fez explodir neste [Sebastião, o barão] com rápida energia todos os vícios constitucionais que bacilavam no sangue da sua raça, exagerados numa confluência de seis gerações, de envolta com instintos doidos de pederasta, inoculados e progressivamente agravados na sociedade portuguesa pelo modalismo etnológico da sua formação. A inversão sexual do amor, o culto dos efebos, a preferência dada sobre a mulher aos belos adolescentes, veio-nos com a colonização grega e romana. Nos Gregos a pederastia era uma paixão comum e de nenhuma forma desprezível. Cantavam-na e celebravam-na publicamente. Essa obscena invenção de Ganimedes, príncipe troiano duma beleza maravilhosa, arrebatado e transportado ao Olimpo pela águia de Júpiter para substituir Hebe, a hetera divina, no serviço particular dos deuses, é um símbolo; dá o documento frisante de quanto era honrado o efebismo na antiga Grécia. […]
Os Romanos imitaram, e excederam, por conseguinte, os povos mais velhos do Oriente no gosto da pederastia. […] Os grandes modelos de dedicação fraterna que nos oferece a História – Castor e Pólux, Pirítoo e Teseu, Pílades e Orestes, Alexandre e Heféstion, Harmódio e Aristogíton, os dois filhos de Adiátorix, os nossos dois Ximenes, Antínoo e Adriano, Pátroclo e Aquiles – não passam os mais deles de espécimes aberrativos de mútuas complacências libidinosas.
De Roma é claro que a paixão dentro do mesmo sexo alastrou para as colónias. A contaminação era fatal. Sofreu-lhe os efeitos a Península Hispânica, mormente no Sul e no Oeste, aonde mais demorada e mais poderosa foi a influência etológica dos Romanos. Depois vieram os bárbaros do Norte inocular sangue novo no derrancamento crapuloso do Império. A transfusão foi crudelíssima. […] A regeneração foi prodigiosa. Dos escombros da assolação ergueu-se – pura, sadia, idealista, ingénua – a sociedade medieval» (pp. 26-28).
«Com a diuturnidade da causa, o mal prosperou e enraizou-se, alargando sobre a geração de hoje um império feroz e dissolvente» (p. 28).
«No barão de Lavos confluíam poderosamente as qualidades todas do pederasta. Quando tinha 10 anos, entrou para o colégio de Campolide. […] Com o penujar da adolescência veio-lhe o impulso de verter nos companheiros as demasias da sua alma generosa c ávida. Amou alguns dos colegiais que lhe orçavam pela idade. Foi excessivo. Destas cenazinhas adoravelmente ridículas, que são triviais nos colégios – trocas de solilóquios inflamados, cartas, exorações, amuos, rancores, ciúmes, pugilatos, ensaios precipitados de cópula do palmo quadrado das latrinas – de tudo teve o futuro barão num grau exagerado e quente, a que a sua compleição débil e requintada vestia o máximo colorido» (pp. 29-30).
De Roma é claro que a paixão dentro do mesmo sexo alastrou para as colónias. A contaminação era fatal. Sofreu-lhe os efeitos a Península Hispânica, mormente no Sul e no Oeste, aonde mais demorada e mais poderosa foi a influência etológica dos Romanos. Depois vieram os bárbaros do Norte inocular sangue novo no derrancamento crapuloso do Império. A transfusão foi crudelíssima. […] A regeneração foi prodigiosa. Dos escombros da assolação ergueu-se – pura, sadia, idealista, ingénua – a sociedade medieval» (pp. 26-28).
«Com a diuturnidade da causa, o mal prosperou e enraizou-se, alargando sobre a geração de hoje um império feroz e dissolvente» (p. 28).
«No barão de Lavos confluíam poderosamente as qualidades todas do pederasta. Quando tinha 10 anos, entrou para o colégio de Campolide. […] Com o penujar da adolescência veio-lhe o impulso de verter nos companheiros as demasias da sua alma generosa c ávida. Amou alguns dos colegiais que lhe orçavam pela idade. Foi excessivo. Destas cenazinhas adoravelmente ridículas, que são triviais nos colégios – trocas de solilóquios inflamados, cartas, exorações, amuos, rancores, ciúmes, pugilatos, ensaios precipitados de cópula do palmo quadrado das latrinas – de tudo teve o futuro barão num grau exagerado e quente, a que a sua compleição débil e requintada vestia o máximo colorido» (pp. 29-30).
quinta-feira, 24 de julho de 2008
quarta-feira, 23 de julho de 2008
..:: às quartas ::..
Porque hoje é quarta, tinha ali um livro sobre o qual falar. Simplesmente, não me apetece. Hei-de regressar-lhe quando me der na real gana. Por outro lado e na sequência deste texto, lembrei-me, again, de Fredo Viola (se não o ouviram na altura, voltem atrás e ouçam-no agora). Aqui vai outra canção do tipo. Para todos vós.
terça-feira, 22 de julho de 2008
..:: atenção aos efeitos secundários ::..
Na página da canadiana Reversa, podem escolher, no canto inferior direito, a personagem (bombeiro, cozinheiro, canalizador e jardineiro... cheira bem, cheira) e ainda o que querem que faça... Aviso: pode impressionar mulheres com menos de 35 anos! E não só! A campanha está o máximo. Apresento aqui alguns dos vídeos que não dispensam uma passagem lá pelo site da companhia dermatológica. Apresento-vos, então:
» o bombeiro «
(os 3 vídeos num só)
(os 3 vídeos num só)
segunda-feira, 21 de julho de 2008
..:: memória do lugar : piquenique nas Caldas ::..
Aviso já que a maioria das minhas fotos está para ir para o lixo: usei o ISO errado... Resultado: uma bela porcaria!
domingo, 20 de julho de 2008
..:: os 21 na mata, num domingo à tarde ::..
«Caminhar com bom tempo, numa terra bonita, sem pressa, e ter no fim da caminhada um objectivo agradável: eis, de todas as maneiras de viver, aquela que mais me agrada.»
Jean-Jacques Rousseau
Conclusão: excelente dia D! A organização não podia ter sido melhor: a simpatia do Algbiboy e do seu mais que tudo foi cinco estrelas! Com um tempo que podia ter sido muito desanimador, a mata revelou-se a escolha mais que perfeita para 21 criaturas (para quem não gosta de "criaturas", algumas variantes: alminhas... mulheres e homens... seres... pessoas... pessoas humanas, como já se ouve bastante - sim, há mesmo pessoas desumanas -, sei lá) de deus se reunirem. Nem todos nos conhecíamos, mas acredito que para os estreantes se revelou uma boa e incrível surpresa. Como nos dizia aqui há tempos o Pinguim, nós escolhemos e somos escolhidos. Podia ter estado mais gente, mas tudo correu tão bem que melhor me parece impossível (mesmo com a cena das posturas à mistura, mas tinha de ser: tínhamos de dar o ar de nossa graça). Não me enganei quando antecipadamente agradeci ao Algbiboy pela ideia, pelo trabalho e empenho que depositou na iniciativa. Obrigado, pela tarde tão bem passada, pela visita guiada, pela comida, bebidas, pela lembrança personalizada do encontro... basicamente, por tudo. A repetir, rapaz! A repetir!
P.S.: as fotografias virão, quem sabe, amanhã (primeiro tenho de as seleccionar de entre quinhentas e tal!). E o Rousseau tinha toda a razão!
sábado, 19 de julho de 2008
..:: assumidamente :: o amor é lindo ::.. PITTA & NEVES
Descobri-o numa pesquisa rápida na web em que se falava daquela que era na altura a 1ª edição de Persona (mais recentemente saiu a 2ª edição revista sob a chancela da QuidNovi). Percebi-o nas palavras. Na poesia. Só bastante depois conheci Eduardo Pitta, em carne e osso (aquele que se renova diariamente no blog da literatura). Foi na primeira vez que falei publicamente sobre ele e a sua obra. Não sabia que apareceria. Não concebia sequer que soubesse da minha existência. No momento em que vislumbramos um pequeno grupo a aproximar-se dos vidros da sala um pouco para o exíguo, A Professora fixa-nos e garante que não tinha dito nada ao autor. Percebo, então, quem era aquele homem que chega em comitiva, que inclui o Jorge e a Helga, à hora a que eu devia começar a botar faladura. Pontuais, nós é que estamos atrasados: a Inês ainda discursa sobre o Pina. Ao ver o António no meio, percebo a coincidência. Fico mais nervoso ainda e com matéria suficiente para o dobro ou o triplo do tempo. Baralho-me todo.
Resumindo, foi muito importante que tivessem aparecido, na medida em que permitiu encetarmos um conhecimento que culminou em amizade. Fiquei a admirá-los, como se admiram os ídolos. Eu e o Zé tivemos o privilégio de nos ser permitida a entrada no seu universo. Não era preciso, mas quero dizer que gosto genuinamente deles (mesmo não concordando nas questões políticas lol).
Eduardo Pitta e Jorge Neves, Junho de 1989
Jorge e Eduardo construíram uma relação sólida que, de certa forma, invejamos. Pela duração, pela partilha, pela frontalidade e cumplicidade que transpiram. Pessoalmente, espero construir o mesmo com o Zé, ir olhando para trás e ver uma vida plena de partilha.
Até há uns tempos atrás, podia ler-se no site de Eduardo Pitta: «No dia 19 de Julho, durante uma breve licença em Lourenço Marques, conhece Jorge Neves, seu actual e único companheiro». Corria o ano de 1972. Hoje é o dia deles: faz, portanto, 36 anos que pela primeira vez se cruzaram. Parabéns aos dois! Tantos anos, sim, são de comemorar! O poema seguinte regista a memória desse mesmo encontro:
Até há uns tempos atrás, podia ler-se no site de Eduardo Pitta: «No dia 19 de Julho, durante uma breve licença em Lourenço Marques, conhece Jorge Neves, seu actual e único companheiro». Corria o ano de 1972. Hoje é o dia deles: faz, portanto, 36 anos que pela primeira vez se cruzaram. Parabéns aos dois! Tantos anos, sim, são de comemorar! O poema seguinte regista a memória desse mesmo encontro:
tu sabes que é para ti
Encontrei-te perplexo
entre duas saídas.
Fomos vagamente planálticos,
nossos rins chicoteando-se
ao entardecer.
Pretexto salivado
do que não aconteceu,
esboço nas tuas mãos de camurça.
Soletrados a compasso,
meticulosos,
acontecemos por acaso
entre acácias e jacarandás.
Lourenço Marques, 19-7-72
Eduardo Pitta »» Poesia Escolhida »» Círculo de Leitores »» p. 33 [ler mais aqui]
sexta-feira, 18 de julho de 2008
..:: absolutely cuckoo ::..
Bem me parecia que me faltava qualquer coisa, quando hoje regressei da escola. Raisparta o calor e a nostalgia... Têm-me valido The Magnetic Fields. Se não conhecem, ouçam-nos com o mesmo prazer com que eu os descobrir e tudo graças a esta entrada e à recomendação do Mike (ok, já tinha ouvido falar deles no Castelo de Areia e na Memória Fracturada, mas não liguei muito).
The Magnetic Fields
Stephin Merritt [principal vocalista da banda] Photographer Phil Toledano says "a photograph should be like an unfinished sentence." This extraordinary Toledano image, plus the term "1974," were the starting points for Merritt's Project Song experiment
Absolutely Cuckoo
When my boy walks down the street
..:: o homem dos nossos sonhos ::.. Jay Brannan
Jay Brannan
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Conhecemos este puto com ar de malandreco em Shortbus, mas ele é mais dado à música, apesar de também já ter registado a passagem em Holding Trevor.
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