[Porto, 1 de Dezembro, 1926 † Lisboa, 11 de Dezembro de 2007]"Não sinto nostalgia do passado. Pois que fiz eu na minha vida que mereça a sacralização das lágrimas fora de prazo? Escrevi uns livros que o tempo vai escorrer para a poeira das coisas esquecidas. Acumulei livros que não sei o que a posteridade vai fazer deles, quando o espaço que ocupam for utilitariamente reclamado e não havendo, aliás, quem os leia."
Fernanda Botelho »» Gritos da Minha Dança »» Lisboa »» Presença »» 2003 »» p. 65
Neste ano fatídico de "desaparecimentos" , e quase a findar , mais um nome ilustre, desta vez da literatura portuguesa, nos deixa.
ResponderEliminarMas deixa-nos também uma obra notável, e como mulher, foi um exemplo de como se pode continuar a ser humilde, embora famosa.
Abraço.
Há "adeus" que nos revoltam. Não pela perda em si. Mas pelo sentir que o esquecimento, associado à perda claro, pode fazer desaparecer uma obra fantástica.
ResponderEliminar:)
Com graça, e sem graça, ontem passei por aqui, e vi este post, mas na minha ignorância não conhecia a Senhora Fernanda Botelho e por isso nada disse, mas ontem a noite acabei por ver grande parte de um documentário no Canal 2 sobre ela, sobre a sua obra, e fiquei com uma enorme curiosidade em conhecer obra, porque será que nos meus tempos de estudante nunca apanhei nenhum texto "excerto" dela!!!, mas assim que tiver oportunidade irei conhecer melhor.... pena que a tenha conhecido na morte.
ResponderEliminarAbraço
Eu tive o privilégio de a conhecer pessoalmente e privar com ela durante um grande parte da minha adolescência. Era, para além de uma pessoa interessantíssima, uma pessoa que conhecia a juventude e a apoiava de forma admirável.
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