Por causa do estado aqui do zezinho de baixo, lembrei-me do poema que reproduzo e que é do covilhanense Ernesto Manuel de Melo e Castro (1932), pai da Eugénia Melo e Castro (já agora, a mãe é a Maria Alberta Menéres, conhecem?). O zezinho vai indo. Ainda me lembrei de ilustrar com Witkin ou com outros artistas plásticos, mas ainda estou na aldeia e esqueci-me do cabo de alimentação em Lisboa e o garoto que me tem emprestado o dele, veio cá pedi-lo... Mas hoje já regresso ao meu Zé. Portanto, cá vai ainda sem imagens; e façam uma boa leitura!
Cara lh ama*****
amam-no todos
uns porque o têm
bem colocado e erecto
outros porque a foda
sem ele não bate certo
e se o nariz não chega
e os dedos se dispersam
só ele é que é capaz
de entrar todo na toda
discreto e bom rapaz
e os tristes que o não têm
amam-no doutra maneira
distantes e macios
não sabem se se vêm
ou se é só caganeira
p. 304
E. M. de Melo e Castro »» "Cara lh amas" (1975), in Trans(a)parências: Poesia I: 1950-1990 »» Tertúlia »» 1990
Conheci pessoalmente o Ernesto e a então sua mulher, a grande escritora de livros infantis, Maria Alberta Menéres, pois os seus pais, avós da Géninha, viviam defronte de minha casa, na Covilhã; e a Géninha era companheira de brincadeiras das minhas irmãs.
ResponderEliminarConfesso que na generalidade, não gosto muito da poesia dele, demasiado abstracta; mas curiosamente tenho este livro, que além de poesia tem ilustrações "adequadas" e achei-o muito original e interessante...
A propósito dos poemas do Ernesto M.Castro, há um bastante conhecido só construído por algarismos(...); pois na altura, um crítico disse com alguma piada que se "aquilo" era um poema, uma lista telefónica seria um poema épico!
Abraços.
ahahahaha concordo com a opinião do crítico citada pelo Pinguim...sinceramente concordo...
ResponderEliminarAmo Maria Alberta Menéres, marcou-me a infãncia, não sei o que ela diria deste poema do filhote lol
Bom regresso dos dois, o Zé e o zezinho!!!!
ResponderEliminareh eh eh
Bem, depois de sacar o chapéu do zezinho, resta-me desejar que não se constipe por andar com a careca à mostra... Quanto ao poema é interessante pois claro...
ResponderEliminarAbração grande
Miguel
"Num" sabia que estavas "loinge" do teu "manel" zé!
ResponderEliminarespero que o regresso seja sofrego e gostoso, como todos os reencontros são!
Ps- Não conhecia o poeta, mas olha que não fiquei fã!
além disso também não gosto da filha do "senhori". dá-me enjoos quando canta.
beijos na testa dos dois!