segunda-feira, 27 de agosto de 2007

..:: as cores do dia ::..

Cheguei à aldeia no meio de um velório. Acabou por ser triste porque significa que há mais uma casa a fechar-se. Houve momentos em que me lembrei do funeral do meu pai. A minha mãe chorou e compreendo-a muito bem: os anos que passam, a sorte que nos espera, mais um companheiro do meu pai a fazer-lhe companhia.

3 comentários:

  1. Amigo, não sei se isto que vou dizer tem a ver com as tuas lembranças, mas apetece-me dizê-lo. É tão bom ter pais como os nossos. Visitas a tua mãe tão pouco (graças à distância!) e ela tem tantos momentos de qualidade e de sentimento profundo, de partilha contigo...Há pais que querem dominar/estrafegar os filhos e todos os momentos com eles são de suplício, de dor, de tragédia latente, de morte certa. Há dias em que sei que temos tanta sorte com os nossos pais.

    Monga

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  2. Monga, o que escreveste faz todo o sentido. Eu sei e cada vez mais me convenço: somos uns afortunados com os pais que temos e educação que nos deram (embora, pareça estarmos decepados: tu sem a presença da tua mãe, eu do meu pai). Sei que valorizam a vida (e a vida saudável) e não fechada para os outros. Nunca me esqueço, repito, da generosidade dos meus pais: sempre aprendi com eles que é dando que se recebe e que é importante comunicar com os outros, ter amigos, pessoas em quem confiar... ou seja, que o "paraíso" não acaba quando se sai à porta de casa. Só me lembro: o pior cego é o que não quer ver; "Porque vês tu, pois, o argueiro no olho do teu irmão e não o vês a trave no teu olho?" (Mateus, VII, 3-5)

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  3. Há um texto novo no meu blogue acerca dos nossos pais...e dos pais em geral.

    Monga

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