Cheguei à aldeia no meio de um velório. Acabou por ser triste porque significa que há mais uma casa a fechar-se. Houve momentos em que me lembrei do funeral do meu pai. A minha mãe chorou e compreendo-a muito bem: os anos que passam, a sorte que nos espera, mais um companheiro do meu pai a fazer-lhe companhia.
Amigo, não sei se isto que vou dizer tem a ver com as tuas lembranças, mas apetece-me dizê-lo. É tão bom ter pais como os nossos. Visitas a tua mãe tão pouco (graças à distância!) e ela tem tantos momentos de qualidade e de sentimento profundo, de partilha contigo...Há pais que querem dominar/estrafegar os filhos e todos os momentos com eles são de suplício, de dor, de tragédia latente, de morte certa. Há dias em que sei que temos tanta sorte com os nossos pais.
ResponderEliminarMonga
Monga, o que escreveste faz todo o sentido. Eu sei e cada vez mais me convenço: somos uns afortunados com os pais que temos e educação que nos deram (embora, pareça estarmos decepados: tu sem a presença da tua mãe, eu do meu pai). Sei que valorizam a vida (e a vida saudável) e não fechada para os outros. Nunca me esqueço, repito, da generosidade dos meus pais: sempre aprendi com eles que é dando que se recebe e que é importante comunicar com os outros, ter amigos, pessoas em quem confiar... ou seja, que o "paraíso" não acaba quando se sai à porta de casa. Só me lembro: o pior cego é o que não quer ver; "Porque vês tu, pois, o argueiro no olho do teu irmão e não o vês a trave no teu olho?" (Mateus, VII, 3-5)
ResponderEliminarHá um texto novo no meu blogue acerca dos nossos pais...e dos pais em geral.
ResponderEliminarMonga