quinta-feira, 24 de setembro de 2009

..:: 无声风铃 ::..

A narradora de A República dos Sonhos começa assim a sua narração:
«Eulália começou a morrer na terça-feira.»


Começar um romance assim é como chegar junto do leitor e dar-lhe de imediato uma bofetada, surpreendendo-o. Eu, pelo menos, fiquei nem sei se comovido, se chocado. Mas cativou-me. O romance é um dos mais conhecidos da brasileira Nélida Piñon. E Eulália morre no final, 730 páginas depois.

Se tiverem oportunidade, leiam-no.
Assim como, se tiverem oportunidade, porque tem algum interesse, vejam amanhã, no queer lisboa, Wu Sheng Feng Ling - Soundless Wind Chime (nós vimo-lo ontem). A imagem inicial não dá imediatamente conta do que se trata, porque com dificuldade associamos leite a morte. A verdade é que com tantas sobreposições de sequências, elipses, analepses (ou flashbacks), não se percebe muito. Mas raciocinando, ligando pontos, se descobre o drama de Richy (o chinês). Ah, ler a sinopse ajuda!


2 comentários:

  1. É, como dizes, um filme nada fácil, mas deveras interessante.
    Abraço.

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  2. Queria ver este filme, mas infelizmente hoje tenho consulta no urologista precisamente uma hora depois...

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