Durante o velório, no meio das conversas, percebi o quão pouco tantas vezes os familiares mais próximos percebem sobre nós. E não nos entendem. Não percebem nada!
Como isso me entristece. Dá que pensar sobre o valor da Amizade. Que estranha ligação é esta que se estabelece entre as pessoas que está, tantas vezes, para além dos elos biológicos?
Já agora, o seu último email dizia:
Recebi…
Não sei quem escreveu…
Gostei…
Divulgo…
FELICIDADE
"A felicidade faz-se assim, cozinha-se nos intervalos das ausências, enquanto vamos largando o lastro de algumas pessoas e antecipando outras que chegam, adivinhando-as de expectativas intactas. É também olhar para quem fica e está dentro de nós, é cuidar e ser cuidado, tendo-se prazer na tarefa.
A felicidade é um momento aqui e outro acolá, é um vazio preenchido, é a palavra certa sob a luz ideal, é a sensação triunfante de controlo sobre algo que nos andava a fugir. É o inesperado exercício da liberdade, e é o alívio de dizer a verdade, de amar apenas a quem o coração manda. E de ser correspondido na dança palaciana do amor, que implica uma coreografia minuciosa e acertada.
A felicidade é a sincronia, o emparelhamento, a coincidência e a congeminação dos astros; é o triunfo do não quando a resposta não pode ser sim, é o alívio de estarmos no caminho certo e a certeza infantil do pote de ouro no fim do arco-íris, mesmo quando não acreditamos em contos de fadas.
A felicidade é sabermo-nos libertar das felicidades antigas, velhas e gastas, e conseguirmos rasgar fotografias com leveza na alma, em especial as que nunca chegaram a ser tiradas."
Existe!
***
Fica aqui Bobby McFerrin, outro génio que não só nos recomendou como nos ofereceu o DVD onde está este momento incrível
Olá!!
ResponderEliminarNão si muito bem porque tou aqui….
Mas acho que tenho alguma coisa para ti, no meu blog… xD
Vai lá!! Despacha-te!!!!!!! lol
Se eu fosse a ti, estaria super entusiasmado!! :)
Beijinhos e porta-te mal!! ;)
Concordo com o que escreveste sobre o facto de muitas vezes os entes familiares saberem menos ou compreenderem nos em menor grau que os da esfera da Amizade...
ResponderEliminarFica uma certeza assina(la)da de que os amigos sao de facto a familia que nos escolhemos para nos acompanharem ao longo da vida...
Esta vida...!
Abracos aos dois
Zé
ResponderEliminartive ocasião, durante o velório, de convosco (tu e o Paulo) tecermos algumas considerações acerca do que falas; dos seus familiares, só conhecia a filha e como bem afirmaste na altura, parecia "a leste do acontecido".
Vi saudade e dor em pessoas amigas e consternei-me muitíssimo com o Paulo, que estava mesmo muito em baixo.
E ao ver a comunhão de Amizade entre vocês e outras amigas da Teresa, senti que estava a mais, pois vocês precisavam de ser a "sua família" naquele momento; por isso me vim embora pois já lhe tinha prestado uma última homenagem.
Obrigado a vocês por me terem feito conhecer uma tão boa Amiga...
Abraços.
Há momentos que são muito íntimos e pessoas que os vivem de diferentes formas. Há pessoas que interiorizam as coisas de maneiras diferentes e cada uma a seu "tempo".
ResponderEliminarum abraço para vocês
Nem tudo se restringi ao laços sangue, por vezes existem elos mais fortes do que esses...
ResponderEliminarAbraço!
Não não tive comédia de borla. coitado do senhor, pensei que ia ter um cardiaco.
ResponderEliminarpronto tá bem foi lindo!!!
Estive a pensar se deveria escrever algumas linhas neste blog, pois o tempo de lazer que disponho é bastante escasso e precioso para o gastar desta forma.
ResponderEliminarSó algo me moveu a comentar o texto colocado sobre a Teresa – a minha sobrinha Beatriz. Um dos seres que tenho mais precioso na vida e que mais respeito. Pois, ao lê-lo, telefonou-me automaticamente, indignada com as considerações que tinham sido tecidas sobre a família.
Em primeiro lugar quero referir que os AMIGOS estão sempre presentes, quer nos bons momentos, quer nos mais complicados. Infelizmente constatei neste último mês e meio, que algumas pessoas se auto-intitulam de amigos ainda não perceberam o significado da palavra.
Será que é ser AMIGO, telefonar dia 1 de Setembro, onde toma conhecimento que a saúde da Teresa se agravou, ao ponto de ser internada numa clínica para ter um apoio médico, nunca mais ter contactado até à data da sua morte para saber da AMIGA, apesar de ter sido informado que eu estaria sempre disponível para dar notícias?
Também quero dizer que não estou minimamente interessada em saber com quem esteve a falar sobre as hipotéticas relações familiares da Teresa, durante o velório. Comigo não foi com certeza, pois nem teve a hombridade, nem a educação de se apresentar.
Finalmente desejo comunicar, que neste momento, me sinto bastante tranquila, pois sei que mais uma vez, tudo fiz para o bem-estar da Teresa, tendo-a acompanhado até ao último dia, arranjando forças onde não sabia que as tinha, percebendo que a minha presença lhe foi bastante importante e imprescindível. ESTIVEMOS AS DUAS EM PAZ.
Rita Fonseca