quarta-feira, 19 de setembro de 2007

..:: The Bubble :: últimas palavras ::..

Termino as minhas impressões, ainda tolhido pela força de Ha-Buah, que, mesmo não sendo perfeito, daria para muitas discussões (a Rave Against the Occupation ou Bent, por exemplo).

cartazes

Já tinha destacado Zohar Liba (Golan), que desempenha o papel do gay mui macho. Na altura, intitulei o post de eufonia, mas as minhas cores do momento são de disfonia e disforia.

Yali (Alon Friedmann) e Golan (Zohar Liba)

Contudo, perfeitos e lindos de morrer são mesmo Yousef 'Joe' Sweid (Ahsraf) e Ohad Knoller (Noam).
Daniela Virtzer (Lulu) tem um sorriso impossível de se esquecer.

Lulu na Rave Against the Occupation


Notas breves:
Ahsraf, o palestiniano, procura o soldado com quem se cruza no checkpoint para lhe devolver o bilhete de identidade. Às tantas, no terraço, Noam explica a construção de Tel Aviv (monte da primavera) e apresenta-os, dizendo qualquer coisa como: «Ashraf, this is Tel Aviv. Tel Aviv, this is Ashraf.» Ashraf beija-o. É o início da cumplicidade que ganha grandes proporções.

Noam e Ahsraf

Há duas cenas de sexo entre eles de grande beleza e ternura. Como deve ser, sem pressa ou pressão. Sublinho que depois da primeira, diz Noam: "Good sex is explosive". Na segunda, Ashraf deixa-se penetrar e assim demonstra como pode entregar-se porque o mais importante é tornar-se uno com aquele que ama. Tudo cresce: o amor, a partilha, a necessidade de estar perto, pele com pele.

Noam e Ahsraf

Afinal, no final, como é dito aqui, a morte vence, mas também o amor, porque Noam percebe Ashraf e acompanha-o e é isso que é absolutamente esmagador. Em circunstâncias semelhantes, dividido entre a tradição e os sentimentos, perante um inferno diário de medo, de agressividade, desconfianças, checkpoints e violência verbal e física gratuita, acho que teria feito exactamente o que Ashraf fez. Isso assusta-me porque este devia ser um mundo melhor, para todos, em todos os lugares.
Yousef 'Joe' Sweid, Eytan Fox e Ohad Knoller

Gal Uchovsky e Eytan Fox

2 comentários:

  1. Ainda bem que gostaste do filme; também, deve ser difícil não gostar.
    E eu gostei muito da "construção" deste teu post.
    Obrigado.
    Abraço.

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  2. Pinguim, é impossível mesmo não gostar do filme. Trata-se só de UM filme, mas com tanta força... Ao fim de contas, é mais um cujo final me deixa profundamente triste. As histórias deviam acabar SEMPRE bem.

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