A Inês andava mal, com um tumor no dorso. O Zé tomou a difícil decisão da eutanásia. Ela tinha-o acompanhado durante muitos anos, mas a bichinha não tinha condições para sobreviver e o sofrimento era por demais visível.
Há três anos, por esta altura, decidimos adoptar outro gato. Procurámos e decidimos passar pela União Zoófila. Quem nos abriu o portão foi uma senhora extremosamente antipática. Tirou-nos a vontade de nos demorarmos ali, quase não prosseguimos. Depois de um breve impasse, avançámos por entre os cães e chegámos aos gatos. Queríamos só ver, só que aquela era uma má hora: iam encerrar o recinto ao público. Numa visita rápida, tínhamos na ideia de que havia de ser amor à primeira vista. À direita, numa cela, houve vários bichinhos que se aproximaram, entre eles, a Victoria, que mesmo assim manifestou algum desdém. Encantou-nos com os seus olhos e o pêlo, embora os pretos nos fascinem sobremaneira. Não tínhamos levado a transportadora, de modo que estava decidido regressarmos com mais tempo para vermos inclusive gatos bebés. A gata dos olhos azuis já não era bebé – não era possível determinar a idade –, mas estava desuterizada (com mais de seis meses, portanto) e saudável.
Voltámos e vimos vários gatos bebés, voltámos, contudo, à cela da gata dos olhos azuis e vimos outros, fizemos muitas festinhas, vimos como eram carentes, assustados, desconfiados ou extremosamente dóceis. Finalmente, decidimos pela Princesa, o nome pelo qual era conhecida. Acho que o nome não contou em nada para a termos escolhido – ou terá sido ela a escolher-nos a nós? Temos dúvidas. No regresso, achei que tinha sido a vitória dela: tinha conquistado quem cuidasse dela, a recebesse em casa e desse carinho e comida. Além disso tinha conseguido sair da cela, cheia de gatos nem todos com temperamento fácil. Devia ser, portanto, rebaptizada, o Zé anuiu e assim foi: de Princesa passou a Victoria.
A certa altura demos conta que estavam a desaparecer canetas, borrachas, tubos de cola. Muito brincalhona, passámos a fechar os escritórios para não ficarmos sem material (que aparecia posteriormente nas limpezas, debaixo da cama, do sofá, do frigorífico). Como todos os gatos, tem personalidade forte e é caprichosa q.b. Os olhos azuis e as riscas no pêlo são absolutamente fascinantes. Quando nos visitam, esconde-se, não gosta de revelar a sua beleza e só passado algum tempo mostra alguma da sua simpatia. Há mais de um ano, chegou a fase da dieta porque estava a ficar um pouco para o cheiinho e cá em casa ninguém está autorizado a ficar com barriga. Fica danada de lhe controlarmos a comida, faz corridas de velocidade e ganha uns raspanetes, e ignora-nos completamente.
A Victoria adora o Zé que se mete com ela por tudo e por nada. Ela retribui, perseguindo-o como um cachorro. Quando ele não está, sou eu o perseguido. Faz-me, obviamente, uma companhia inestimável. Nestas noites sem o Zé, costuma vir deitar-se sobre ou ao lado das minhas pernas. Nesta noite, já de madrugada, dei conta que estava ao longo da cama contra o meu peito. Pus-lhe a mão por cima, ela ronronou, deu-me umas dentadas, lambeu-me a mão e o queixo e voltámos a adormecer.
Há três anos, por esta altura, decidimos adoptar outro gato. Procurámos e decidimos passar pela União Zoófila. Quem nos abriu o portão foi uma senhora extremosamente antipática. Tirou-nos a vontade de nos demorarmos ali, quase não prosseguimos. Depois de um breve impasse, avançámos por entre os cães e chegámos aos gatos. Queríamos só ver, só que aquela era uma má hora: iam encerrar o recinto ao público. Numa visita rápida, tínhamos na ideia de que havia de ser amor à primeira vista. À direita, numa cela, houve vários bichinhos que se aproximaram, entre eles, a Victoria, que mesmo assim manifestou algum desdém. Encantou-nos com os seus olhos e o pêlo, embora os pretos nos fascinem sobremaneira. Não tínhamos levado a transportadora, de modo que estava decidido regressarmos com mais tempo para vermos inclusive gatos bebés. A gata dos olhos azuis já não era bebé – não era possível determinar a idade –, mas estava desuterizada (com mais de seis meses, portanto) e saudável.
Voltámos e vimos vários gatos bebés, voltámos, contudo, à cela da gata dos olhos azuis e vimos outros, fizemos muitas festinhas, vimos como eram carentes, assustados, desconfiados ou extremosamente dóceis. Finalmente, decidimos pela Princesa, o nome pelo qual era conhecida. Acho que o nome não contou em nada para a termos escolhido – ou terá sido ela a escolher-nos a nós? Temos dúvidas. No regresso, achei que tinha sido a vitória dela: tinha conquistado quem cuidasse dela, a recebesse em casa e desse carinho e comida. Além disso tinha conseguido sair da cela, cheia de gatos nem todos com temperamento fácil. Devia ser, portanto, rebaptizada, o Zé anuiu e assim foi: de Princesa passou a Victoria.
A certa altura demos conta que estavam a desaparecer canetas, borrachas, tubos de cola. Muito brincalhona, passámos a fechar os escritórios para não ficarmos sem material (que aparecia posteriormente nas limpezas, debaixo da cama, do sofá, do frigorífico). Como todos os gatos, tem personalidade forte e é caprichosa q.b. Os olhos azuis e as riscas no pêlo são absolutamente fascinantes. Quando nos visitam, esconde-se, não gosta de revelar a sua beleza e só passado algum tempo mostra alguma da sua simpatia. Há mais de um ano, chegou a fase da dieta porque estava a ficar um pouco para o cheiinho e cá em casa ninguém está autorizado a ficar com barriga. Fica danada de lhe controlarmos a comida, faz corridas de velocidade e ganha uns raspanetes, e ignora-nos completamente.
A Victoria adora o Zé que se mete com ela por tudo e por nada. Ela retribui, perseguindo-o como um cachorro. Quando ele não está, sou eu o perseguido. Faz-me, obviamente, uma companhia inestimável. Nestas noites sem o Zé, costuma vir deitar-se sobre ou ao lado das minhas pernas. Nesta noite, já de madrugada, dei conta que estava ao longo da cama contra o meu peito. Pus-lhe a mão por cima, ela ronronou, deu-me umas dentadas, lambeu-me a mão e o queixo e voltámos a adormecer.
Não restam dúvidas. É uma gata mesmo muito bonita!
ResponderEliminarÉ linda a Victória. Eu tenho uma muito semelhante a ela, também é tigresa, nesse tom meio castanho meio cinza e com belos olhos azuis. Só que a minha tem uns anitos a mais. Já agora, como era totalmente branca quando ma deram (um mês e um dia) ficou Bianca.
ResponderEliminarYoseph
Olá Yoseph!
ResponderEliminarImagino que a Bianca também seja uma gata (linda, portanto). Nós gostamos muito de gatos. Se tiveres fotos da Bianca e quiseres, enviar, força!
Um abraço