quinta-feira, 22 de abril de 2010

atão, só tivestes bom?




Todos os anos sucede ter de concorrer: há 10 anos que assim é.
Este ano surge com uma cereja no topo do bolo: a avaliação que vem na lei, diz a menistra. Ah, claro. Já me tinha esquecido.
Recusei-me à fantochada lambe-botas. Sofro as consequências, obviamente. Só uma conclusão para quem não quer ver: prefiro manter a dignidade (mesmo que essa não me alimente a barriga) a vender-me relesmente. Assim, relembram-me que não sou nem muito bom ou excelente, simplesmente bom (mesmo que a nota quantitativa seja 9 – o sistema vai de 0 a 10). Continuo na minha: prefiro ser bom e correcto professor de português a muito bom ou excelente e encher a boca com “tu tivestes” ou “que teja correcto”. É irónico, ou talvez não. Que assim seja: que não se valorizem os bons; que se valorizem os oportunistas e assim se permita que o mundo continue bem redondinho.


ilustração a propósito »»