Ver Claro
Toda a poesia é luminosa, até
a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol, nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar
outra vez e outra vez
e outra vez
a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar.
Eugénio de Andrade [19 de Janeiro, 1923 - 13 de Junho, 2005]
Eugénio de Andrade, sempre bem recordado...
ResponderEliminarAbraços.
...e sempre bom de ler :)
ResponderEliminarE de saborear, já agora!... :)
ResponderEliminarAdorei:)
ResponderEliminarAbraço aos dois:)
É bem verdade, pelo menos a mim a poesia costuma iluminar a alma.
ResponderEliminarUm abraço.
Até parece que foi o SP que postou este poema - tem vários tipos de letra com ele curte fazer lá no sítio peludo.
ResponderEliminarVitor
► Pinguim, houve um motivo para o ter recordado aqui, nesta altura. quando vires o filme que fiz, perceberás.
ResponderEliminar► Max e Catatau, claro, os bons são sempre uma bênção. este poema em particular é um bofetada ao facilitismo!
► Kapitão, ainda bem!
► Special, é disso mesmo que se trata: de nos iluminar o interior.
► Vítor, obrigado pelo teu comentário. sim, o SP inspirou-me nos tamanhos diferentes das letras, a intenção foi muito direccionada, salientando algumas palavras-chave.
outro abraço a todos!