Mais uma que veio por e-mail e que transcrevo tal e qual a recebi. Obrigado, João.
O professor João
Já com idade para ser meu pai, o João era professor naquela escola há muito sanos. Já se evitava dar-lhe actas para secretariar e quanto menos escrevesse no quadro, melhor, tal era a coisa. O que vale, é que trabalhava sempre em par pedagógico, e a colega sempre conseguia disfarçar o desastre perante os alunos. Nas relações com os outros professores, era bruto que nem um chaparro. Insistia em fumar na sala dos professores, mesmo com colegas grávidas presentes, e quando se lhe pedia educadamente para parar de fumar, respondia com aquele ar de direito absoluto, recusando-se largar o cigarro ou mudar-se. O João, era daquele tipo de fulanos que não deveriam ser professores. O sistema de avaliação dos professores da altura, que durou até esta recente diarreia intelectual da ministra e dos seus tenentes, permitia-lhe um satisfaz-chapa-cinco de cada vez, tal como todos os outros. Nos "corredores", eu costumava reclamar com o sistema, por permitir que gente como ele continuasse a receber a mesma menção que os mais empenhados e competentes. E que continuasse a ser professor. Eu costumava reclamar por um sistema de avaliação que distinguisse os professores, que penalizasse os que não prestam, e que premiasse os que são bons. Infelizmente, a ministra não ouviu as minhas reclamações. Porque, infelizmente, a ministra inventou um sistema de avaliação tão patético, tão idiota, que o João foi promovido a professor titular e agora vai avaliar os outros professores…
in pedro-na-escola
Talvez haja neste texto alguma confusão de valores e timings; não se pode extremar situações e separar todos os visados em "bons e maus" e em "prejudicados e beneficiados"; dá ideia que todos os professores que não seriam um bom exemplo, estão agora numa situação de privilégio, quase como um prémio, o que não será verdade.
ResponderEliminarEsta é apenas uma situação num oceano de outras tantas injustiças ... a verdade é que não haverá soluções perfeitas mas esta, deste Ministério, conseguiu ser a pior das possibilidades, permitindo que casos destes ocorram para benefício deste "joões"
ResponderEliminarpinguim, é claro que não se podem extremar posições. O texto apenas chama a atenção para uma situação possível.
ResponderEliminarBrama, em tempos conheci uma criatura que dava aulas (repara que não lhe chamo professora) que me perguntou um dia por que é que eu não usava música do Tolstoi. Morri!
Looool!!!
ResponderEliminarDesculpem lá, mas tenho que me rir, não há outra solução.
Beiji** :)
Sim, celeste, é de facto anedótico. Beijo.
ResponderEliminarFoi precisamente um João desses que eu substitui durante o ano lectivo passado. Meteu baixa para (soube eu depois) poder dedicar-se a 100% num projecto pessoal da empresa/atelier que possui... e a ganhar rios de dinheiro com esse projecto, mas a não largar a teta da escola. Já era um professor que tinha apenas 16 horas lectivas, apenas duas turmas de nono ano e 3 turmas de currículos alternativos (com oito alunos no total das três).
ResponderEliminarAh, é verdade! Obviamente, passou a professor titular!
De nada, meu querido :)Independentemente se é extrema ou não, como tu dizes, e muito bem, esta situação é possível, e por isso, enquanto for assim, temos que dá-la a conhecer...Porque muitos são aqueles que não fazem ideia como funciona uma escola e o que realmente se passa lá dentro, nem mesmo os que as deviam dirigir!...Bjs
ResponderEliminarGraphic_Diary, não serão todos, mas há muitos como este João. Ah, pois há! Abraço.
ResponderEliminarmari, nem mais! Beijo
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