Devo ter fases... já suspeitava: chegou-me em força a das citações. À falta de motivação intrínseca para falar de mim, de nós, para arranjar palavras para descrever o que têm sido estes dias e o que serão, deixo, finalmente, um poema que tinha prometido à Lili pôr aqui. Trata-se de um poema de 2005 de Joaquim Manuel Magalhães, em cinco andamentos, imenso em conteúdo, autobiografia, ficção, autoficção, revolta, desabafo, poesia, reivindicação. Está lá tudo. Até metapoesia. Tem de ser lido de um só fôlego. Ou não. Pouco mais haverá para dizer. Senti-me incomodado ao lê-lo. Triste. A realidade continua a negar tanta coisa, a assobiar para o lado. Sinto-me incomodado ao relê-lo. Andava eu de volta do Eduardo, quando o descobrir e pensei: há aqui matéria para muitas palavras... uma tese? Talvez. E quem sabe. Por agora, só o digitalizei para pôr aqui (é fácil encontrar a primeira secção, as outras nem por isso; se notarem gralhas, digam, please).
Tenham um excelente fim-de-semana. As intermitências continuam.
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