O halloween não nos diz absolutamente nada e amanhã é dia não dos defuntos, mas de todos os santos (ou festum omnium sanctorum), assim, indiscriminadamente, todos ao mesmo tempo. Prefiro não me deter muito tempo nem no assunto dos santos nem dos defuntos, até porque já temos alguns no currículo, alguns deles dolorosíssimos e acho que ninguém escapa ao pensamento sobre a ausência. Portanto, prefiro passar ao lado, até porque não sei se me alegra ou melancoliza saber que um dia nos juntaremos. Escolhi "Haja o que Houver" para ouvir justamente a pensar nisto tudo.
Tarde demais para regressar: inter
ditaram-nos todos os acessos
até aos nossos mortos.
Eduardo Pitta »» Poesia Escolhida (Círculo de Leitores) »» p. 79
Temos alguns mortos de intervalo
a melancolia de quem muito
contemporizou
e saber, dos espelhos, o jogo.
Eduardo Pitta »» Poesia Escolhida (Círculo de Leitores) »» p. 91
Tal como tu este dia não me diz muito. Não sou religioso e acho que não é preciso um dia institucionalizado para recordar e homenagear todos aqueles que já fizeram parte da minha vida e partiram.
ResponderEliminarUm abraço e bom feriado.
Já me custou mais falar da morte. Aos poucos vou-me habituando. É o que temos de mais certo. A morte cada vez me assusta menos. Mas o sofimento, esse deixa-me apreensivo. Quero um dia morrer assim, como o meu avô: fechar os olhos e ir....
ResponderEliminarAquele abraço
1) Special K, o dia não me diz muito, mas a verdade é que sinto mais a ausência e isso magoa-me.
ResponderEliminar2) Kokas, a morte é um lugar onde não devemos regressar muitas vezes. Nunca nos habituamos a ela. Ao sofrimento, também não. Tenho muito medo dele. Acho que todos ansiamos uma morte como a do teu avô, pacífica.
Abraços aos dois
Graças a Deus que no dia dos Defuntos , celebro a vida, pois é o aniversário de minha Mãe.
ResponderEliminarO dia 1 é um feriado religioso que não tem qualquer sentido; e o dia das bruxas é mais uma daquelas datas consumistas, made in América...