Dedico este poema triste, mas lindo, de Mia Couto à Fernanda, a Monga, que está de partida, mas também a todas as mulheres da nossa(s) vida(s), além de todas as outras.
Mulher
Solteira, chorei.
Casada, já nem lágrima tive.
Viúva, perdi olhos
para tristezas.
O destino da mulher
é esquecer-se de ser.
Maputo, 2005
Mia Couto » Idades Cidades Divindades (Lisboa: Caminho) » 2007 » p. 97
Lindo o poema. Tão lindo.
ResponderEliminarFez-me lembrar um conto belíssimo também da autoria dele: "Os olhos negros de Vivalma".
:)
Belíssimo poema!
ResponderEliminarComo Mulher, OBRIGADA!
Bom Domingo :-)
comprei hoje o livro do MC. não tarda nada vai se pôr à sombra dos palmares :)
ResponderEliminarÉ bom ter amigos, Paulo.
ResponderEliminarMas ainda melhor do que tê-los, é dizer-lhes isso por gestos como este teu, aqui.
Infelizmente, por vezes, os gestos são outros...mas isso só serve para distinguir os verdadeiros dos falsos.
Abraço para ti e para a Fernanda.
Will, não me lembro do conto que nomeias, mas lembro-me de outros tão comoventes que até evito lê-los, embora, por outro lado, sejam tão belos que são irresistíveis. Às vezes, levo-os para ler aos miúdos, mas nem sempre a reacção é a que esperava.
ResponderEliminarShadow, sim, as mulheres a quem dediquei são também as que vêm aqui; apesar de não te conhecer pessoalmente, isso não importa muito: estavas incluída no grupo!
ResponderEliminarAbraços e espero que o teu domingo também tenha sido bom!
Sombra, já vi que já puseste Mia Couto! O poema da página anterior ("Régio") também é um assombro: "Saio de mim / para quem sou / e jamais chego a destino. // No caminho do ser / meu gozo é me perder. // Meu coração só tem morada / onde se acende um outro peito.(...)".
ResponderEliminarHá palavras que combinadas são mesmo incríveis. Um grande abraço
Pinguim, gostava de escrever como o Mia e poder oferecer e dedicar palavras assim aos amigos; por isso, dedico o que outros escreveram. Não é muito, mas é de coração!
ResponderEliminarUm grande abraço