Gosto de caminhar depois de sair do cinema. Gosto de pensar no que vi e hoje tive uma boa oportunidade, visto que, sem o Zé, lá tenho de andar de transportes. Caminhei bastante e pensei nos autobiográficos My Body de Margreth Olin e no All About My Father de Even Benestad. Fiquei feliz por ter arranjado coragem para ter ido ver, mesmo sabendo que amanhã o despertador me chamará pelas 6h30m.
Os dois documentários são muito bons: o primeiro fala da experiência de aprendizagem do corpo, um corpo com vários problemas e que podiam fazer desta mulher um ser marginalizado e impedido de viver plenamente a vida. O milagre dos filhos acaba por salvá-la, e é muito interessante que Maria, a filha de 10 anos, ache que são os filhos que escolhem os pais onde querem nascer. Foi comovente. Reparem no seu sorriso fechado.
O segundo, da aprendizagem a conviver com uma identidade mista. Neste caso, o conceito de queer cai que nem uma luva: um homem bonito que decide não esconder que vive nele tanto um Esben como uma Esther Pirelli. Há consequências familiares, sobretudo nos filhos e visto que se trata da perspectiva do filho sobre a transformação do pai. Mais uma vez, a conclusão: é preciso assumir para viver em paz e permitir que haja espaço para a felicidade. Chega a ser comovente a força, a coragem e a determinação daquel@ homem/mulher, bem como dos filhos e da actual mulher.
Para quem tiver ficado curioso, voltam a passar ambos na sexta-feira, dia 26, às 16h15.
Chego a casa e deparo-me com estas duas fotos. Obrigado, Shadow! Deve ser um bom pronúncio para amanhã.
fotos by Shadow
Já tinha ouvido falar, e muito bem do segundo filme que referes; suponho ser norueguês, se não estou em erro, e fiquei ainda mais curioso.
ResponderEliminarAbraço.
As coisas que eu vou perdendo aqui no Algarve :(
ResponderEliminarOra essa...Não tens de quê! Foi de vontade.
ResponderEliminar...e se foi um bom presságio, tanto melhor! :-))
Um excelente fim-de-semana para ambos!
:-)
Mais uma resposta colectiva:
ResponderEliminarPinguim, Denise e Shadow, sim, o filme é norueguês. Para quem perceber a língua boa sorte e siga o link sobre a figura central de "All about my father": Esben Esther Pirelli Benestad.
Denise, a periferia é um mal às vezes necessário, ainda mais quando é o nosso lar :)
Shadow, foi um bom presságio, mas o dia correu mal na mesma :) Se tiver paciência ainda conto, mas o melhor é esquecer.
Abraços grandes!