Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.
É possível ler mais aqui.Guerra Junqueiro, Pátria
Excelente. Amanhã levo-o emprestado!
ResponderEliminarBjos e boa semana para ambos,
D
Denise, leva à vontade. Merece ser lembrado! Abraços e boa semana também para ti e para os teus!
ResponderEliminarPelos vistos ainda não mudou muito. Tenho uma certa afinidade com o Guerra Junqueiro pois foi na terra dele que eu passei a minha infância.
ResponderEliminarUm abraço.
Não mudou, de facto!
ResponderEliminarQue engraçado, Special K, não conheço Freixo de Espada à Cinta.
Abraços
Porra!!!
ResponderEliminarIsto poderia ter sido escrito hoje...
Claro que sim, Pinguim. Aplica-se que nem uma luva!
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