domingo, 7 de outubro de 2007

~~ família ~~

Este fim-de-semana é diferente. Para além de ter começado mais cedo, também vai terminar mais tarde (invejosos!). Mas não é apenas isso que o torna diferente. Isso é o menos! Rever o Ângelo foi o início. Seguiu-se a viagem para a aldeia do Paulo e um dia inteiro passado com a família dele. Nutro pela mãe do my man um enorme carinho e admiração. É uma mulher forte, sem medo de enfrentar a vida (que não lhe é nem foi fácil), que deita as mãos a tudo e possui um coração maior que o mundo e sabedoria que vai muito além da aparente humildade. Penso que projecto nela carinhos que já perdi. Talvez por isso repreendo o Paulo sempre que ele lhe fala de uma forma mais áspera. As irmãs e cunhados do Paulo (e meus também sem o saberem!) chegaram depois, acompanhadas pelos respectivos filhos. Rapidamente se instalou o ambiente que, vindo de uma família pequena, suponho ser habitual numa família grande. No dia seguinte íamos vindimar. Imperava um ambiente familiar no qual eu me senti perfeitamente integrado. Esfumavam-se alguns embaraçosos "Senhor" que persistiam. Na distribuição das tarefas, nas conversas sobre os hobbies, nas brincadeiras, no convívio com os mais pequenos e até nos cuidados que se dedicam aos mais chegados, em tudo se viveu uma harmonia que é difícil deixar de questionar se continuaria a existir se soubessem que partilho com o Paulo tantas coisas quantas elas próprias partilham ou partilharam com os seus maridos, e vice-versa. Às vezes, mudar o mundo pode ser apenas deixá-lo tal e qual como ele está.

13 comentários:

  1. Um belo retrato de uma fam�lia que tamb�m(sem o saberem) j� � tua.
    Espero que um dia possam viver abertamente a vossa rela�o com total aceita�o por parte das vossas fam�lias.
    Um abra�o.

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  2. Obrigado pelo comentário. O caso não afecta nem diminui, em nada, a relação, mas faz-nos pensar, não?
    Um abraço

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  3. Tenho a sorte de ter uma família grande, o que permite distribuir muito as alegrias, as dores, as partilhas, as responsabilidades. Não sei se faria muita diferença porque a ligação entre mim e eles é grande e, provavelmente, ultrapassaria os preconceitos. Mas...

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  4. Olá...

    não se devem lembrar mas estive em Paris e sabem que mais : AMEI mas o mais giro é que sem vos conhecer, lembrei-me tanto de voçês...

    Vim aqui ler-vos e mais uma vez nem sei o que dizer pois admiro-vos e pronto!!!

    " às vezes mudar o mundo pode ser apenas deixá-lo tal e qual como ele está" :)

    Um beijo com carinho

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  5. Depois da reportagem fotográfica, a reportagem escrita!
    Um fim-de-semana diferente, agradável em que correu tudo pelo melhor. Isso é que interessa! O resto são pormenores...Como bem dizes: «às vezes mudar o mudo pode ser deixá-lo tal e qual como ele está».

    Uma excelente semana para ambos!
    :-)

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  6. Olá, Sónia. É realmente curioso esse teu sentimento para connosco. Ficamos contentes, claro! Nunca tinha tido esta experiência da "escrita com resposta". É muito bom saber de que forma o que se escreve chega a alguém, e as suas repercussões. O feedback que nos mandas também permite desenvolver uma certa admiração por ti É um pouco como o adágio popular "diz-me com quem andas, dir-te-ei como és". Afinal, a palavra ainda é uma arma. Beijo.

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  7. Olá Sónia, muito obrigado pelas tuas palavras tão simpáticas. Também havemos de ir juntos a Paris (nunca fomos...), mas é bom saber que há quem se lembre de nós e ainda que goste de nos ler. Beijinhos tb com carinho!

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  8. shadow, obrigado pelo comentário. Vejo que captaste a ideia do post.
    Boa semana também para ti.

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  9. Shadow, pois é, eu fotografo e o Zé escreve, nem sempre por esta ordem ou com estas tarefas.
    Eu próprio queria que ele escrevesse sobre os meus irmãos (quer dizer, desta vez foram só as irmãs... que família enorme). De facto, correu tudo bem e tenho de concordar com o Zé, apesar de.
    Queria que tudo fosse transparente e que não tivéssemos medo de tocar ou dizer o que ainda não podemos dizer sem magoar ou abrir feridas. Enfim, nada que não se ultrapasse.

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  10. Amigos, isto é para os dois, vocês têm muita sorte e sabem disso. Não há sogros psicóticos a diagnosticarem-vos «doenças» (imaginem se tivessem esse azar...pontapé no cu, só pode!), nem mil telefonemas, nem críticas desnecessárias. Parece-me que ser possessivo é só para as famílias «piorzinhas». Nenhum de vocês tem de ouvir «em casa é que é o teu lugar,junto dos pais» quando o outro viaja...
    Sei que há outras coisas que para vocês poderiam ser mais «perfeitas», mas concordo muito com a filosofia do post.

    Beijos da Monga.

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  11. E será que eles não sabem mesmo, ou pelo menos, não imaginam?
    Sei que nada mudaria, a não ser uma grande alegria para vocês dois.
    Abraços

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  12. 1) Monga, este teu comentário merece uma missiva à antiga: longa e à mão. Vou tentar escrevê-la nos intervalos e mandar-ta antes que partas para Roma, para o incrível Arquivo Secreto (meu Deus como deve ser horrível!). Beijinhos!

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  13. 2) Pinguim, tenho dúvidas se não imaginarão... como tinha escrito num texto anterior: a verdade é que praticamente acabaram as perguntas sobre possíveis namoradas e candidatas a casamento feliz. A minha mãe nunca as fez, mas as minhas irmãs, sim e cada vez menos. Para mim, seria uma enorme alegria não ter de esconder nada de ninguém, sobretudo da família, dos que amo. Se os amigos sabem, porque não hão-de eles saber também, né? Abraços

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