sexta-feira, 23 de novembro de 2007

..:: corrente d'ar ::..

Uma grande amiga, também professora, mandou-me este email e parece-me adequado, visto que o final do 1º período está quase e as avaliações dos professores também. Deixo-o aqui como o recebi e está a apetecer-me aplicar isto com muito rigor e seriedade.


Nas avaliações do 1º período, vou seguir o exemplo da Ministra...

Seguindo o exemplo da desgovernada que se diz ministra da educação, vou estabelecer quotas nas notas já do primeiro período. Assim: 5% para o Excelente e 10% para o Satisfaz Bastante. Se no resto da turma tiver mais alunos com avaliações destes níveis, paciência, ficam com Satisfaz.
Assim promovo o mérito dos alunos. Se os pais se sentirem revoltados que se queixem à ministra. Se é bom estabelecer cotas para os professores, deve ser excelente para os alunos. Atenção que também tenho uma filha na escola.
Espero que os professores dela adoptem a mesma medida. Direitos iguais para todos.


in Público online
João Paulo Silva

4 comentários:

  1. Por acaso discordo ... mas não discordo por não concordar que era um estalo bem dado sem mão às ideias do Ministério. Discordo porque se essa colega levar essa sua ideia avante, prejudicará largamente a sua própria avaliação, porque dependente dos resultados e quiçá, se ela assim o entender, da avaliação dos paizinhos ...evidentemente que ela não levará esta ideia para a frente.

    Para ser sincero e não querendo ser ordinário, no actual momento estou-me literalmente a c**** para o sistema e para as avaliações. Cada um de nós individualmente não consegue mesmo nada, nem os sindicatos, muitos deles com os seus próprios interesses neste sistema. Talvez com uma espécie de ordem de professores, onde houvesse convergência de interesses e coerência efectiva, talvez só aí e com medidas de luta drásticas e que provocassem estragos reais, isto fosse a algum lado.
    A Ministra foi clara, ela está com os pais e alunos porque quem defende os professores são os sindicatos.

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  2. Tongzhi e Brama (isto é só gente com nomes estranhíssimos!), claro que nunca poria isto em prática, mas é só para dar conta do absurdo da nossa avaliação que se aproxima. Claro que a minha amiga também nunca avançará com esta ideia.
    Eu, basicamente e para ser curto, estou-me a cagar para a avaliação. Nunca me preocupei com ela. Além disso, não estou no sistema, não tenho carreira. Dependo do ME? Sim, tem sido assim, tem sido o meu empregador, mas tenho cumprido com todos os meus deveres e não posso ser acusado de nada, portanto, estou-me a cagar e sem medo de nada.
    Quanto a sindicatos: cada vez tenho menos dúvidas quanto aos seus interesses. Quanto a uma ordem: estamos aqui em casa sempre a falar disso: é o que falta, uma ordem forte, que dignificasse a profissão e impusesse alguma ordem neste caos de bons, maus e médios professores. Sim, todos nós sabemos que os maus existem, que são promovidos, que se mantêm no lugar, que não fazem nada, que dão uma péssima imagem da escola (basta haver uma ovelha ranhosa numa escola para isso acontecer) e que até terão uma excelente avaliação (embora espere bem que não!).
    Realmente, a ministra é o máximo: gostava de saber como pode estar do lado dos alunos quando trata tão mal os seus professores! Deve ignorar que dessa forma que será prejudicado serão os alunos (sim, não somos só nós).

    Enfim, siga para bingo.

    Um abraço aos dois!

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  3. Senhores professores: procedam em consciência!
    Abraço para todos vós.

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