Agora, vai dedicado especialmente à terapeuta familiar Margarida Cordo
Armado em boa esposa, o Hugo, lembra que vem aí o Outono e eu sou sujeito a constipações. Ele pede-me, por isso, que passe por casa quando for apanhar o avião, tem coisas para me dizer, precisa absolutamente de falar comigo, precisa de me ver.
Meu querido Hugo. Tão melhor do que eu, tão mais capaz de amar, sempre a responsabilizar-se por me ter feito perder a inocência, por me ter transformado na pessoa que sou hoje, mas quem seria eu sem ele? O marido da Raquel, a procurar encontros clandestinos no Parque Eduardo VII? A apanhar as doenças de que ele me defendeu? A viver uma vida dupla, vergonhosa?
Meu querido Hugo. Tão melhor do que eu, tão mais capaz de amar, sempre a responsabilizar-se por me ter feito perder a inocência, por me ter transformado na pessoa que sou hoje, mas quem seria eu sem ele? O marido da Raquel, a procurar encontros clandestinos no Parque Eduardo VII? A apanhar as doenças de que ele me defendeu? A viver uma vida dupla, vergonhosa?
Rosa Lobato de Faria » A Alma Trocada (Porto: Asa) » 2007 » pp. 162-163
Afinal, o sublinhado deve corresponder ao que esta ilustre terapeuta defende.
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