quarta-feira, 14 de novembro de 2007

..:: seule la vérité est révolutionaire ::..

Das duas, uma: ou se domina e subjuga a língua para criar uma personagem ou se é sincero. Como não tenho talento nem paciência para cumprir a primeira, fico-me pela sinceridade. Falo, portanto, e acima de tudo, de mim (pois, eu mais do que o Zé que preserva muito o seu mundo e eu respeito). Não consigo imaginar-me a inventar sobre o que experimento, apesar de toda a ficção que as palavras possam criar.

7 comentários:

  1. Não achas que uma pessoa "demasiado sincera" é necessariamente "demasiado egoísta"? Eu penso tantas vezes nisto e acho que sim. Não há sinceridade absoluta. Quem tenta essa busca acaba por magoar muita gente sem necessidade!

    Que achas?
    Aquele abraço!

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  2. Kokas, eu que não estou de grande humor, até me ri com o teu comentário. Sim, percebo a tua dúvida, mas a sinceridade, segundo o que eu entendo por sinceridade, não passa pelo egoísmo, olha que não. E claro que não há sinceridade absoluta. Afinal o que é que há que seja absoluto? Muito poucas coisas, e a sinceridade não é uma delas. Espremendo bem o texto, podes ficar a saber que invento muito pouco. E resta dizer que também codifico muito pouco o que escrevo: as coisas são para ser entendidas com a transparência e rapidez necessárias para não terem de olhar muito para mim. Portanto, acho que não sou egoísta, mas sou um mau juiz de mim próprio!
    Abraços, Kokas

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  3. Paulo, não podia deixar de comentar isto...
    Até porque eu sou das pessoas mais acusadas de ser sincera demais, o coração na boca, aquela que não pensa, que diz logo..aquilo que sou,que sinto, que me emociona, que me perturba e ainda (e muito) que me enoja!É bem verdade que em certas ocasiões sinto que me falta o tacto certo e por vezes até me arrependo mesmo de o fazer, mas no final e lá no fundo se agisse de outro modo não viveria bem comigo mesma e principalmente já não seria eu...Se é egoísmo não sei,mas prefiro que me chamem egoísta a falsa...
    Grande beijo, Mijei

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  4. Só conehço quatro coisas absolutas: nasce-se, vive-se, morre-se e num dado nunca poderá sair mais do que seis.

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  5. All cruel people describe themselves as paragons of frankness. (Tennessee Williams). So, há que ter cuidado para não exagerarmos na nossa franqueza.

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  6. Mijei, ainda bem que comentas! A minha sinceridade é relativa. Já me dei conta que às vezes abro a boca para dizer o que penso e arrependo-me. Acabo por magoar.
    Mas aprendi a calar mais que expor, dá-me um ar sério, enigmático :)), não achas?
    A sinceridade fere e, repito, não me parece egoísmo ou falsidade.
    Beijinhos

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  7. Lili, concordo com as tuas verdades, mas não percebo a última. Fiquei louro? Explica lá isso dos lados, vá!

    Pronto, o Tennesse Willians, acertou: sou cruel. Mas só às vezes! :)

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